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Opinião
17/03/2017 - 06h36
A hora do Brasil saber quem é quem
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal), a chamada “lista de Janot” pede a abertura de inquéritos contra os ex-presidentes Lula e Dilma, cinco ministros do atual governo, ex-ministros, os presidentes do Senado e da Câmara, senadores e deputados. Ao STJ (Superior Tribunal de Justiça, Janot pede investigação de dez governadores e à Justiça Federal de Primeira Instância, outros 211 inquéritos de envolvidos não detentores de mandatos e sem direito a foro especial. Aguarda-se agora que o ministro Edson Fachin suspenda o sigilo vigente sobre as delações dos executivos da Odebrecht, que motivaram a lista. Feito isso, teremos as questões ali colocadas em condições de serem investigadas com absoluta transparência através do pleno conhecimento da população sobre o envolvimento de cada um dos acusados.

É importante para a sociedade o conhecimento público do que pesa sobre os citados. Não é o fato de terem o nome incluso nas delações que determina o dolo ou culpa, mas a apuração concreta sobre a participação de cada um nos episódios relatados. É bem provável que a dúvida quanto ao seu nível de participação seja, para alguns, mais danosa do que o esclarecimento do que efetivamente praticaram. Além disso, se formalmente acusados e com o direito à defesa, terão a oportunidade de esclarecer os fatos e, afora o que venha a decidir a justiça, o povo, conhecendo a matéria, também terá a chance de julgar se – no caso dos políticos – ainda continuam merecendo ou não o seu voto.

O que mais atrapalha a imagem do político brasileiro é a impunidade. É tradição tudo se transformar em escândalo e servir para grupos tentarem destruir seus adversários. Mas também é prática consagrada a existência de acordos que levam os malfeitos ao esquecimento sem que seus envolvidos ou os falsos denunciadores sofram algum tipo de punição. Só no julgamento do mensalão, em 2014, com a condenação dos envolvidos, é que o brasileiro começou a ver o fim da velha prática de jogar o lixo debaixo do tapete. A Operação Lava Jato, por seu turno, representa a mudança de paradigmas e, por isso, levou a um número tão grande de figurões comprometidos. O desenvolver de seu trabalho indica que a chapa está esquentando e logo também poderão ser denunciados deputados estaduais, prefeitos e vereadores que estejam envolvidos em propinas e atos de corrupção. É algo de absoluto interesse nacional, pois só eliminando os vícios conseguiremos construir um novo Brasil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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