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Opinião
20/03/2017 - 06h25
Reforma (da previdência) e o tiro no pé
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Brasil vive nestes dias um grande impasse, que pode se alongar por meses e até invadir o ano eleitoral de 2018. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de reforma da previdência, que o presidente Michel Temer e sua equipe econômica insistem em fazer passar pelo Congresso Nacional, já recebeu mais de cem emendas na Câmara dos Deputados e sofre as mais severas críticas não só da oposição, mas também de aliados do governo. Mesmo assim, o presidente da Câmara, governista incondicional, insiste que não se emende a proposta governamental e promete trabalhar pela sua votação com a maior rapidez, mesmo com a sociedade e os trabalhadores apreensivos. O mais grave é que Temer, com seu poder de articulação, poderá obter a aprovação da matéria à revelia do que pensa e quer o povo.

Levado ao governo pelo destino, o presidente não pode perder a sensibilidade para com a sociedade. Deve compreender que, como administrador da massa pré–falimentar recebida, terá cumprido com seu dever se conseguir recolocar a economia em ascendência e apenas preparar o terreno para as reformas que entenda necessárias. Seu governo, de apenas dois anos e meio é apenas um mandato–tampão e não traz consigo a obrigação de fazer reformas de longo prazo num país politicamente destruído pela impatriótica demagogia, corrupção e por comportamentos que esbarram no código penal.

O simples fato de termos registrado um mês de aumento no lugar da queda do emprego já levou à especulação sobre uma possível candidatura do ministro Henrique Meirelles à presidência da República em 2018, já que Temer declarou não concorrer à reeleição. Incentivar esse pensamento ou mesmo ter, no governo alguém alimentando candidaturas em vez de simplesmente cumprir sua tarefa do momento, é mais do mesmo. É repetir o comportamento temerário dos governos passados que levaram o país ao buraco. Se realmente pretende deixar a restauração nacional como seu legado, não pode admitir o surgimento de candidaturas precoces dentro do seu governo. Não deve, também, ser refém da equipe econômica, por mais competente que seja ela. Deve aproveitar a chance que o acaso lhe proporcionou de oferecer um Brasil melhor às futuras gerações. Mas precisa ter os pés no chão e não se lançar em empreitadas de longo prazo, que não possa ver consolidadas no curso espaço de mandato que ainda lhe resta. Manobrar o parlamento e aprovar aquilo que o povo rejeita, é dar tiros no pé...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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