Recente pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM), em parceria com a ONG Ação Educativa, revela que apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são capazes de se expressar e de compreender plenamente uma leitura. Ou seja, só essa pequena parcela domina de fato o português e a matemática. O estudo também aponta que 27% da população são analfabetos funcionais. Esses dados apontam para um cenário preocupante na educação brasileira, que não tem atualizado a qualidade do ensino oferecido. Ver resultados tão negativos vindos daqueles que são o futuro do Brasil é extremamente alarmante e me faz questionar a metodologia de ensino que é aplicada nas escolas do país. Será que elas acompanharam as mudanças sociais ocasionadas pelo advento de novas tecnologias, ou ficaram paradas no tempo sem fazer questão de inovar? Talvez, com ferramentas mais adequadas ao mundo em que estão inseridas, as crianças possam aprender mais e ter melhores condições de buscar um futuro melhor. As novas gerações, como Alpha e Z, são formadas por estudantes que buscam um plus no formato tradicional da educação. São alunos que querem sair da escola preparados para a vida, tanto no universo corporativo quanto nas relações interpessoais, e não apenas orientados para ter sucesso em uma prova ou exame de final do ano. Além disso, os pequenos estão cada vez mais conectados. É muito comum vermos crianças utilizando celulares, tablets e iPads. É nítido que este universo virtual as fascina e que elas dominam com facilidade a linguagem das ferramentas digitais. Portanto, diante de um mundo globalizado e cada vez mais informatizado, integrar tecnologia a um projeto pedagógico é condição essencial para atrair o aprendiz e possibilitar um ensinamento mais eficaz. Acredito que a inovação tecnológica, até mesmo os games, que, por vezes são criticados pelos pais, podem ajudar os jovens a desenvolverem habilidades e melhorar seus desempenhos acadêmicos. Temos conseguido resultados muito satisfatórios por meio de nossas marcas de ensino, nas quais utilizamos o método de ensino híbrido, que une recursos digitais à presença do docente em sala de aula. Também é confirmado que esta técnica aumenta o aprendizado em até 50% nas disciplinas de português e matemática, matérias fundamentais no desenvolvimento escolar. Também é importante ressaltar que os novos instrumentos digitais não servem apenas para tornar uma aula mais interativa, mas sim, oferecer ao aluno uma autonomia efetiva na produção e até mesmo na assimilação do conteúdo. Além disso, esse novo universo conspira no desenvolvimento humano como um todo, seja no âmbito profissional e social. Por isso, finalizo este artigo propondo aos empresários do setor educacional que utilizem as ferramentas das quais dispomos hoje em dia para conquistarmos um cenário mais promissor aos jovens brasileiros. Nota do Editor: Rogério Gabriel é fundador e presidente do Grupo Prepara, detentor das marcas Prepara Cursos, Ensina Mais e das recém–lançadas English Talk e Pingu’s English. Atualmente o Grupo possui mais de 800 franquias, distribuídas por todo o Brasil. Formado em Ciência da Matemática e Computação pela Unicamp, com MBA em Marketing pela FGV, Rogério há doze anos fundou o Grupo, que viria a construir a maior rede de cursos profissionalizantes do Brasil, a Prepara Cursos. Empreendedor Endeavor desde 2012, ele teve a sua trajetória retratada no #VQD – VAI QUE DÁ, livro que traz dez histórias de empreendedores que criaram empresas de alto impacto.
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