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Opinião
24/03/2017 - 06h04
Nas garras do Wolverine
Dartagnan da Silva Zanela
 

Do jeitinho que o diacho gosta

O grande problema do Brasil é que aqui é a terra do meio termo. Tudo é pela metade, morno. Somos uma nação Cristã amornada, somos um povo mais ou menos honesto e governados por políticos mais ou menos decentes, enfim, num país assim a única coisa que se apresenta de modo integral e pujante é a degradação geral devido a nossa insuperável mornidão que turva com grande êxito o discernimento cívico-nacional.

Ainda daquele jeito

A palavra de ordem em nosso triste país é a dita cuja da ética. Não são poucos os que clamam por mais ética na vida pública e, inclusive, nas esferas da vida privada. Mas não é esse, de fato, o grande problema a ser resolvido não.

Francamente, há ética sim, e de sobra, no viver nacional.

O “x” da questão é a ética adotada majoritariamente pela brasilidade dum modo geral. No fundo, bem no fundo, o que todos no Brasil querem ter é uma vida boa sem necessariamente que isso implique em procurar viver uma vida justa. Esse é o princípio subjacente a grande maioria dos discursos politicamente corretos e revoltadinhos. Todo ele bem disfarçadinho com inúmeras camadas de indignação fajuta e sentimentalismo de mesa de bar.

Por isso, bem por isso, enquanto continuarmos tendo esse turvo princípio orientando as nossas ações a ética nacional continuará sendo apenas o que atualmente é: um enfeite para adornar a nossa canalhice brasiliana fundamental. Só isso, ou algo pior.

Facetas da escravidão pós-moderna

O que as potestades estatais ganham com o estímulo desenfreado e descarado de toda e qualquer forma de libertinagem sexual? O que os senhores sombrios que aparelham o Estado para realização de sua agenda ganham com a elevação dos prazeres – de todos eles – a categoria de fontes inalienáveis e inquestionáveis de direitos fundamentais? O que?

Bem, o enrosco é mais ou menos assim: indivíduos que não são capazes de se controlar, de sobrepujar os seus instintos primários e secundários, são mais facilmente escravizáveis por aqueles que, de algum modo, se disporão para garantir o seu “direito” de satisfazê-los, de modo similar à relação dum dependente químico com um traficante.

Resumindo: gente que é incapaz de se dominar é mais facilmente dominada. Entenda isso, pare com essa pieguice politicamente correta e torne-se senhor de seus desejos e vassalo de sua consciência. E ponto final.


Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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