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Opinião
18/06/2005 - 06h40
Ternura e deseducação
Christian Rocha
 

Enquanto as picuinhas locais são resolvidas pelos órgãos competentes - e não pelas vaias e aplausos, como pretendem os ilhéus - ater-me-ei a alguns assuntos mais importantes. Leia com atenção as seguintes citações:

"O ódio implacável para com o inimigo nos transporta e nos leva para além das limitações naturais do homem, e nos transforma em máquinas de matar eficazes, violentas, seletivas e frias. Nossos soldados devem ser assim. Uma pessoa sem ódio não pode triunfar sobre um inimigo brutal".

"Que vamos fazer pelos negros? Não vamos fazer nada porque nada fizeram pela revolução".

"Até agora os camponeses não foram mobilizados mas através do terrorismo e da intimidação, nós os ganharemos".

Estas três declarações são de um personagem muito admirado pelos jovens: Che Guevara, um sujeito que matou pessoalmente 179 pessoas e ordenou o fuzilamento de outras 500. É apenas por estupidez ou maldade que alguém pode declarar-se socialista e render homenagens a ele, a Mao, Fidel, Stálin e Marx, entre outros ícones de la revolución. Comece considerando o princípio que diz "Pelos seus frutos os conhecereis" e faça sua própria investigação. Em algum momento da pesquisa você se deparará com as 100 milhões de mortes causadas pelos regimes socialistas. La ternura? Só para o alto escalão do partido.

Nas escolas, por determinação federal, a cultura negra (ou afro-brasileira) será ensinada a crianças e jovens. A cultura negra resume-se atualmente a quatro itens: capoeira, candomblé, samba e a cruzada anti-racista, que condena como racista qualquer pessoa que tenha a petulância de declarar que não existe racismo no Brasil. Os três primeiros não servem para educar crianças. O último item, além de deseducar, destrói a esperança que elas podem ter na igualdade racial, algo que se aprende em qualquer brincadeira de roda.

A cultura negra de hoje conta com o apoio de ONGs, da mídia, de intelectuais, de escolas e de professores e até de leis federais, mas não é capaz de produzir algo que chegue aos pés de Machado de Assis, Aleijadinho ou Lima Barreto, entre outros negros e mulatos que sozinhos se tornaram mestres em suas artes, mesmo numa sociedade escravocrata.

Como a maioria das pessoas, eu terminei meus estudos acreditando que o socialismo era algo maravilhoso. Acreditava também que a escravidão era uma conseqüência do mercantilismo e que este era o pai do capitalismo, que era inevitavelmente cruel e selvagem. A filosofia grega e a cultura oriental eram notas de rodapé nos livros didáticos. Mas tudo isso ignorava algumas verdades importantes: a natureza autoritária e a vocação genocida do socialismo, a origem africana da escravidão (os próprios negros escravizavam outros negros e os vendiam para os europeus), o holocausto cristão (o povo mais vitimado pelos genocídios do séc. XX), a inversão dos valores morais e espirituais sob a bandeira da liberdade e da democracia.

Só fui aprender essas coisas lendo e pesquisando sozinho. Se dependesse apenas de meus professores e das escolas tradicionais, hoje eu faria parte do exército politicamente correto; teria votado em Lula exatamente por sua ignorância; usaria uma camiseta com o rosto de Che Guevara vendo neste assassino mais santidade do que em Jesus; preferiria uma roda de pagode aos Concertos de Brandenburgo; concordaria com os métodos do MST e condenaria os fazendeiros malvados que tentam defender suas propriedades; aceitaria de bom grado leis que desarmam a população e acreditaria que os bandidos também serão desarmados dessa forma. Enfim, hoje eu seria um idiota útil, pronto a reproduzir as imbecilidades decantadas pela mídia e silenciosamente pagaria meus impostos e votaria a cada dois anos.


Nota do Editor: Christian Rocha vive em Ilhabela, é arquiteto por formação, aikidoka por paixão e escritor por vocação. Seu "saite" é o Christian Rocha.
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