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COLUNISTA
Marcelo Sguassábia
17/04/2017 - 06h45
Ataque das formigas assassinas (*)
 
 

Um novo tipo de golpe baixo anda roubando o sono dos empresários. Dos grandes, médios, pequenos e até dos MEIs. Trata-se do já famoso e polêmico marketing multinível, também conhecido como pirâmide, só que aplicado à difamação. À mais instantânea e eficaz difamação.

Embora exija um certo rigor logístico, o funcionamento é basicamente simples. O entrante elege o concorrente que mais o incomoda em sua área de atuação, elenca um rol de calúnias a seu respeito e passa a fazer parte da “engrenagem”, digamos assim.

Na qualidade de noviço no esquema, o indivíduo terá como tarefa inicial destruir a imagem de aproximadamente 120 produtos ou serviços, via mensagens enviadas aos serviços de proteção ao consumidor. É o trabalho braçal das “formiguinhas” que compõem a base. Feito isso, aguardará uns três meses até que chegue ao topo da pirâmide e seja a vez do extermínio do seu concorrente de mercado, quando centenas de milhares de supostos consumidores insatisfeitos entrarão simultaneamente no “Reclame Aqui” e congêneres com quatro pedras na mão e ávidos por linchar o seu desafeto comercial.

O sistema conta com uma base de quase 500.000 integrantes. Cada um deles com o seu IP, que é o que dará legitimidade estatística à coisa. É a fraude perfeita, não tem como dar errado. A exemplo de toda pirâmide bem arquitetada, o sujeito entra realmente comprometido em fazer sua parte porque sonha com a contrapartida quando chegar ao topo. É o gostinho da sabotagem que alavanca o processo, e tudo acaba funcionando com a precisão de um relógio suíço.

Outra segurança importante é que, mesmo sendo falsos, os relatos não parecerão forjados, pois as reclamações terão estilos diferentes. Cada participante receberá instruções orientando quanto aos pontos que deverão ser criticados, escrevendo à sua maneira.

O poder de destruição é incomensurável. Por mais que a empresa-vítima apresente desenvoltura de defesa, o ataque em massa de “clientes lesados” arrebenta a sua imagem da noite para o dia. Como o que cai na internet jamais desaparece, o dano à marca é tamanho que é mais fácil começar do zero do que tentar juntar os cacos.


(*) Esta é uma obra de ficção. Por enquanto.


Nota do Editor: Marcelo Pirajá Sguassábia é redator publicitário em Campinas (SP), beatlemaníaco empedernido e adora livros e filmes que tratem sobre viagens no tempo. É colaborador do jornal O Municipio, de São João da Boa Vista, e tem coluna em diversas revistas eletrônicas.
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