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Opinião
17/05/2017 - 07h00
O risco da guerra digital
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O ataque cibernético desfechado na sexta-feira já fez mais de 200 mil vítimas – pessoas, órgãos públicos e corporações de todos os tamanhos - em 150 países dos 200 países existentes (193 segundo a ONU e 207 pelos registros de associações esportivas). Conforme revela a Europol (Agência Policial Européia) que juntamente com o FBI e outras polícias, busca identificar a autoria, o temor é que, além dos danos já conhecidos, novas ondas do vírus possa se disseminar e parar o mundo, literalmente. Sem disparar um tiro sequer ou sacrificar diretamente vidas, os detentores dessa abrangente arma param hospitais, comunicações, serviços de segurança, repartições, indústria, comércio e o mercado financeiro, causando impactos maiores do que os ataques da guerra convencional ou mesmo das armas atômicas ou químicas. Especula-se, até, que a temida Terceira Guerra Mundial poderá ser feita dentro dos computadores, possibilidade inimaginável até pouco tempo.

Os criadores do ENIAC, primeiro computador digital do mundo, lançado em 1946, dificilmente teriam imaginado que a partir dali viriam a internet (surgida em 1969) e as redes de computadores (em 1972) e que o conjunto determinaria uma revolução técnico-digital no planeta e até fora dele, pois a informática também faz parte do programa espacial. Favorecidos pela criação e evolução do transistor, que substituíram as antigas válvulas, os computadores reduziram de tamanho e aumentaram suas funções. Velozmente, sustentaram a montagem de uma poderosa indústria de softwares e passaram a substituir com vantagem o homem e os equipamentos até então utilizados na gráfica, no escritório, na indústria, no comércio, na segurança e até dentro do lar. Bancos, hospitais e repartições também se informatizaram e hoje prestam serviços através do computador.

Aquilo que veio para o bem – inicialmente apenas um engenho com as quatro funções aritméticas e a possibilidade de armazenar escrita -, com seus avanços, tornou-se uma arma poderosa que, como tudo, pode também ser utilizada para o mal. Os vírus são conhecidos há tempo e existem muitas teorias sobre seu surgimento, a maioria delas passando por esquemas de lucro fácil. O ataque que hoje nos impacta demonstra que o perigo é maior. Com o mundo inteiro depositado dentro de computadores e redes, o maior ato terrorista poderá ser praticado nesse invisível e abrangente território. As vítimas não mais morreriam pela ação de balas e bombas, mas pela falta dos serviços colocados em colapso. Mais do que os governos e os órgãos investigativos, as milionárias corporações que enriqueceram criando a tecnologia, têm o dever de criar mecanismos que protejam os usuários. Mexam-se, senhores!...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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