“Um povo ignorante é instrumento de sua própria destruição” (Simón Bolívar)
Uma coisa deveras irritante é justamente que em uma época em que se fala tanto de terrorismo a mídia tupiniquim não tece um único comentário sequer sobre os terroristas entocados na ilha de Fidel. Pior! Quanto se refere a um Estado terrorista, faz-se sempre referência aos USA e, nem de longe, apontam para o Estado cubano como sendo uma entidade deste gênero. Bem, não sei se o amigo sabe, mas, existem “exilados” na ilha de Cuba setenta e sete terroristas procurados internacionalmente e que, além de viverem na ilha castrense, quando lá chegaram, foram recepcionados como heróis, segundo Andres Oppenheimer, em sua coluna no jornal El Nuevo Herold em 16 de maio de 2005. O tiranete do Caribe Ou então, citemos o caso do irmão do perpétuo governante de Cuba, o general Raul Castro, chefe da inteligência e das forças armadas cubanas, que desde a década de 80 se encontra mancomunado com o Cartel de Medellín dando-lhes apoio logístico no tráfico internacional de cocaína, segundo Carlos Alberto Montaner, do jornal ABC da Espanha. E mais: esse fofinho é o candidato único a sucessão de Fidel quando, “democraticamente”, vier a falecer. Bem, meus caros, se essas denúncias não qualificam o Estado caribenho como um Estado terrorista, vejamos então essa outra, feita por Graça Salgueiro em seu site [http://notalatina.blogspot.com], onde a mesma aponta para as atitudes despóticas tomadas pela governança cubana contra os jovens que não mais crêem nas falácias revolucionárias do tiranete barbudo, que está realizando um programa batizado com o nome de OPERAÇÃO CONTENÇÃO, que visa conte-los, os jovens e adolescentes descrentes do projeto político imposto à ilha desde o fim da década de 50 do século passado. Segundo Salgueiro: “O regime castrista, que atravessa a pior fase da situação política e social de sua história, ataca o setor populacional que mais teme: os adolescentes e jovens cubanos, totalmente descrentes e refratários por natureza a ondas e rebeldias, são as vítimas a neutralizar. A continuidade da denunciada operação Contenção e o incremento de uma população penal jovem e adolescente na prisão Combinado del Este, de Havana, é preocupante. Enquanto o regime sinta-se impune, continuará a prática da ‘limpeza social’". Bem, é um sujeito como esse que tem a cara de pau de reunir os funcionários públicos de sua ilha para assim coordenar uma marcha contra o terrorismo estadunidense. É um sujeito como esse que tem a desfaçatez de defender os direitos humanos para todas as nações do mundo e que é incapaz de fazer os mesmos direitos valerem em seu próprio quintal. E pior! Tem gente que deseja um regime similar a esse em nosso país e chama a isso de “democracia”. É fato que a palavra democracia ganhou uma elasticidade inimaginada pelos gregos, mas afirmar que o regime cubano seria uma “democracia popular” (um eufemismo deveras infeliz), não é apenas um insulto a inteligência, mas uma ofensa a integridade humana que tanto esses pseudo-humanistas dizem defender.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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