14/09/2025  13h25
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Crônicas
18/06/2005 - 19h31
Cada coisa que a gente é obrigado a fazer...
Artur de Carvalho - Agência Carta Maior
 

Eu acho que o mínimo que esses caras deviam fazer agora era acabar com a obrigatoriedade do voto no Brasil. É claro que isso sempre foi um absurdo. Aliás, quase toda obrigatoriedade o é. A obrigatoriedade do serviço militar. A obrigatoriedade da apresentação de isento do imposto de renda. Até mesmo a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança e do capacete para motociclistas (o que é que eles têm com a minha segurança, meu deus do céu?).

Mas a obrigatoriedade do voto é a mais absurda de todas. Onde já se viu alguém se achar no direito de me OBRIGAR a votar? Mas o que é isso? Como é que alguém pode ficar aí, falando em democracia, liberdade e coisa e tal, se até mesmo o maior símbolo da democracia, o voto, nos é imposto, e não oferecido. É simplesmente a coisa mais descabida que eu posso imaginar. Ainda mais quando se começa a pensar que a gente vai ser OBRIGADO a votar num dessas caras aí. Em qualquer um deles. Não é mesmo de arrepiar?

Antigamente, antes das urnas eletrônicas, a gente ainda podia escrever uns palavrões na cédula, xingar uns caras, ou simplesmente votar no Chaves ou no Professor Madruga para presidente. Mas agora nem isso mais a gente pode. Tudo bem, você pode argumentar que a gente sempre pode votar em branco. Mas não tem graça nenhuma votar em branco. Eu não quero votar em branco. Eu não quero mais é votar.

No dia das eleições, eu quero simplesmente ficar em casa. Ou então, aproveitar o feriado e pegar a minha filha e a minha mulher e fazer um piquenique no campo. A gente ia estender uma toalha xadrez na grama, ia levar umas frutas, umas azeitonas, um pedaço de queijo e um pão italiano. Um suco ou um vinho também, talvez. E nós três íamos ficar olhando o céu e as nuvens passarem e imaginando com o quê as nuvens se pareciam. Depois de falar que aquela nuvem lá se parecia com um coelho, ou que aquela outra se parecia com o Homer Simpson, a gente podia mesmo brincar com o lance das eleições, e começar a achar semelhanças entre as nuvens e os políticos. Olha aquela nuvem gorda! Parece o Roberto Jefferson antes da operação do estômago, nos tempos do Collor. Olha aquela outra, parece o Geraldo Alckmin esfregando a mão de felicidade. E aquela nuvem escura lá, chovendo. Parece o Lula chorando!

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "CRÔNICAS"Índice das publicações sobre "CRÔNICAS"
31/12/2022 - 07h23 Enfim, `Arteado´!
30/12/2022 - 05h37 É pracabá
29/12/2022 - 06h33 Onde nascem os meus monstros
28/12/2022 - 06h39 Um Natal adulto
27/12/2022 - 07h36 Holy Night
26/12/2022 - 07h44 A vitória da Argentina
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.