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Opinião
08/06/2017 - 06h45
Dilma-Temer, um julgamento inútil
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O processo de cassação da chapa Dilma-Temer, cujo julgamento foi aberto nesta terça-feira (06-06), aparece como inútil aos olhos da população. Dos 48 meses - equivalentes a quatro anos – do mandato conquistado na eleição de 2014, 29 já foram cumpridos pelos eleitos questionados e, mesmo que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) opte pela cassação, ainda caberão recursos ao próprio tribunal eleitoral e ao STF (Supremo Tribunal Federal) que, pelo andar dos processos, dificilmente decidirão antes do término do governo a 31 de dezembro de 2018. De nada valerão o trabalho, as custosas reuniões, as diligências e a ruidosa expectativa a que o povo é submetido.

As denúncias de fraude eleitoral deveriam ser decididas antes da posse dos eleitos ou, no máximo, no começo do mandato. Depois disso, o mal já está consolidado e a sociedade já sofreu os males decorrentes. No caso da chapa Dilma-Temer, a reclamação foi apresentada pelo PSDB, do candidato Aécio Neves, derrotado por pequena margem de votos no segundo turno. O propósito dos tucanos era impugnar os eleitos e assumir a presidência da República. Os acontecimentos, no entanto, levaram o PSDB a integrar a base do governo e assumir ministérios após o impeachment de Dilma. O processo no TSE ficou como uma desconfortável brasa que os autores e o governo procuraram manter acesa mas sob controle para não produzir os efeitos almejados inicialmente. O partido confessa não ter desistido porque havia o risco de o Ministério Público avocar o tema e o processo continuar.

O mais inusitado do quadro formado a partir do impeachment está na delação dos donos da JBS, que acusam Aécio Neves de ter utilizado em sua campanha recursos tão fraudulentos quanto os empregados pela chapa Dilma-Temer. Logo, configura-se, na prática, o dito popular do roto denunciando o rasgado. Além disso, pesam as denúncias contra Temer, por atos praticados depois de assumir a presidência, que o tornam investigado.

Dificilmente a economia nacional ficará imune à instabilidade política. O julgamento do TSE não liquida a questão, Temer rejeita a renúncia e o impeachment (se aberto) demorará meses e levará o país a ser governado interinamente pelo presidente da Câmara que, só depois de decidido o afastamento definitivo do titular, terá 30 dias para convocar as eleições indiretas dos novos presidente e vice-presidente da República. Pobre Brasil...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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