03/05/2024  00h51
· Guia 2024     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
18/06/2017 - 07h15
À direita, volver!!!
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A decisão de Donald Trump, de impor novas restrições às relações dos Estados Unidos com Cuba, é um preocupante sinal. Embora mantenha o reatamento feito por Barack Obama, seu antecessor, a idéia do presidente é impedir que os dólares americanos acabem rendendo lucro ao exército cubano, dono da maior parte da infraestrutura turística da ilha. Os turistas americanos serão orientados a não utilizar os grandes hotéis e restaurares, hospedando-se em casas e fazendo as refeições em pequenos estabelecimentos, lá chamados “paladares”, pertencentes a pequenos empresários. Difícil saber até onde a recomendação encontrará resultado, mas seu significado simbólico é certo.

Outrora ponto turístico dos ianques, a ilha tornou-se área de tensão para todas as Américas a partir da sua tomada pela revolução de Fidel Castro em 1959. O governo soviético, enquanto existiu, apoiou a ditadura castrista e esta exportou sua revolução para a América Latina – inclusive o Brasil – e África. Funcionou como um pêndulo na guerra fria, recebendo e treinando para a guerrilha os dissidentes dos países governados pela direita. Na iminência da morte de Fidel e inexistência da União Soviética, Obama reabriu as relações EUA-Cuba, e agora Trump as restringe. Fica, assim, mais difícil a suspensão do embargo econômico imposto a Cuba em 1962 que, embora com menos rigor, ainda vigora.

Cuba vem se preparando há anos para a sua reinserção à comunidade internacional. Tanto que países governados pela esquerda, lá investiram. O Brasil de Lula e Dilma, por exemplo, fez o BNDES aplicar secretamente US$ 682 milhões no porto Mariel, uma transação hoje contestada, especialmente porque existem prioridades não atendidas em território nacional. Outros países também colocaram dinheiro lá e hoje vêem aumentar a dificuldade de terem os frutos do investimento. 

Em dezembro de 1991, quando se desfez a União Soviética, pensava-se ter acabado a guerra fria. Mas agora, passadas duas décadas e meia, os desencontros voltam a acontecer. Ocorreu até a inimaginável (em outras épocas) intromissão da Rússia nas eleições americanas, e Donald Trump age na contramão de tudo o que se construiu recentemente. Antes de descumprir o feito do antecessor, o mandatário norte-americano precisa compreender que o acordo é firmado pelo país, não por seu governante, que o assina apenas como dirigente. O descumprimento gera a insegurança jurídica e constitui um mal irreparável às relações internacionais...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2024, UbaWeb. Direitos Reservados.