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Opinião
28/06/2017 - 05h31
A articulação pela renúncia do presidente
Dirceu Cardoso Gonçalves 
 

No centro do tornado que se abate sobre a política nacional, a mais nova informação é sobre o movimento, nascido na última quinta-feira, entre os aliados do presidente Michel Temer, com o objetivo de convencê-lo a renunciar e articular alguém do próprio grupo para tentar a eleição indireta. O argumento básico é aquele já conhecido: um processo de impeachment é longo demais e prejudicará ainda mais o país. Ensaia-se, dessa forma, o simplista aplicação do provérbio “rei morto, rei posto”. Em vez de defender o presidente, o grupo já aceita a sua inviabilidade e passa a lutar para manter o poder através de outro preposto.

Temer vive o seu inferno político. Além das denúncias formuladas pela Procuradoria Geral da República que, a qualquer hora, serão protocoladas no Supremo Tribunal Federal e submetidas à Câmara dos Deputados, como determina a Constituição, ainda há o risco da debandada dos aliados. O PSDB, que detém quatro ministérios e é o maior dos aliados, poderá votar pela abertura do processo e consequente afastamento do presidente por um prazo de até seis meses. E, se os tucanos, com seu peso, desistirem de impedir o processo, outros partidos aliados também poderão fazer o mesmo.

Com toda essa movimentação de bastidores, o raciocínio da população é de que o país vai se transformando num barco à deriva. Acuado, o governo não consegue avançar com suas pautas e, aos poucos, vai perdendo a sustentação congressual. É um momento difícil, pois tanto o grupo do governo quanto o PT e seus aliados, afastados com o impeachment de Dilma Rousseff, estão cheios de problemas para poderem administrar o país. As oposições, excetuando dela o PT, não têm representatividade para fazer o novo governante. Marchamos para um difícil momento, onde ninguém é efetivamente uma esperança e podem surgir os malfadados salvadores da pátria.

Segundo delação do grupo JBS, que determina o processo contra o presidente da República, seu esquema pagou propinas e serviu a 1829 políticos pertencentes a 28 partidos. Numa apreciação básica, se o presidente será processado e poderá perder o posto por causa disso, nenhum dos outros beneficiários e os partidos envolvidos terá condição de assumir o governo. Infelizmente, caminhamos rumo ao desconhecido...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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