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Opinião
02/07/2017 - 05h49
O ativismo fora de lugar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Assistimos, nesta sexta-feira [30] a mais um lance da insensatez que há anos toma consta da cena política brasileira. Os esquerdistas acantonados em sindicatos e nos ditos movimentos sociais levaram o caos a milhares de brasileiros de diferentes cidades a título de protestar contra as reformas trabalhista e da previdência e pela saída do presidente Michel Temer. Carece dizer que protestar é um direito, mas para protestar não têm a necessidade de bloquear ruas e estradas, interromper transportes de massa e tomar outras atitudes que prejudicam o povo e em nada atingem aqueles que decidem sobre os itens em questão. Só deputados, senadores e membros do governo ou do judiciário podem, com suas atitudes e ações, mudar algo em torno das reformas ou até do afastamento do presidente e, por certo, nenhum deles teve o seu caminho interrompido ou sofreu com qualquer ação praticada pelo vandalismo reivindicatório.

As grandes mobilizações só se justificam no ápice dos movimentos reivindicatórios, quando o povo vem espontaneamente, o que não é o caso atual. Quando ocorrem é necessário fechar o trânsito da área, pela simples razão de um mesmo espaço não poder ser ocupado por dois corpos. Se ali se encontram os manifestantes, não há espaço para o trânsito de veículos. Porém, o que tem ocorrido no Brasil dos últimos anos é exatamente o contrário. Pequenos e ruidosos grupos, portando bandeiras e valendo-se de barricadas e fogo, interrompem as vias públicas, impedindo milhares de pessoas de chegarem a seus destinos. Isso é crime, mas os governos lenientes têm deixado acontecer até chegar ao ponto dos desordeiros saírem quebrando tudo e, via de regra, restando impunes depois das ações.

Os sindicalistas e demais manifestantes que hoje lutam contra as reformas e pela saída de Temer, deveriam fazê-lo lá em Brasília, sem perturbar a vida da população, que precisa trabalhar e pode até querer as mesmas coisas. O ponto onde reivindicar e pressionar é o Congresso Nacional e, mesmo assim, sem altercações e fazendo ver claramente aos congressistas que, se não atenderem as reivindicações, poderão sofrer as conseqüências nas próximas eleições. São eles que podem decidir e se o fazem em desacordo com o que pensa o eleitor, perdem a representatividade não serão mais votados.

Desde a redemocratização, a pretexto de se parecerem democráticos e se diferenciarem dos militares, os governos negligenciaram na tarefa de manter a ordem pública e ensejaram a formação dos grupos radicais que hoje subjugam a população e tentam enfrentar o poder. É uma distorção que precisa ser corrigida, em nome da própria democracia...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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