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Opinião
11/07/2017 - 07h40
A semana decisiva para Temer
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O governo Temer vive sua semana decisiva. Não só pelo encaminhamento da denúncia na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, mas também pela manutenção (ou não) dos apoios para continuar governando. Ao mesmo tempo em que depende dos deputados na proposta de autorização legislativa para o Supremo Tribunal Federal processar o presidente, o PSDB, principal partido aliado, se reúne para discutir a opção de entregar os quatro ministérios que ocupa e abandonar o governo. O presidente luta para manter os apoios e, com isso, faz a festa dos fisiológicos aliados, liberando emendas parlamentares e outros benefícios. Mas, mesmo assim, é prematuro arriscar qualquer desfecho, pois depende de muitas e delicadas variáveis. 

Pouco importa o parecer da CCJ pela aceitação ou rejeição da licença para a instalação do processo. Se Temer conseguir manter reunida a base aliada e somar 172 dos 513 votos de deputados para a decisão em plenário, continuará governando. Se não conseguir esses votos, a autorização será dada e o STF o afastará por até seis meses – tempo para processá-lo – convocando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para assumir interinamente o governo.

Antes da delação de Joesley Batista e do surgimento da mala dos R$ 500 mil, Temer reunia facilmente sua base e conseguia aprovar praticamente tudo o que quisesse. Mas agora é diferente, principalmente porque parte dos parlamentares, também acusada de práticas irregulares, se preocupa com as próprias reeleições, no ano que vem, e não quer morrer abraçada com um governo sujeito a cair. Daí o movimento para Maia assumir logo e deixar para trás esse difícil capítulo da vida política nacional. A sensação é de que os aliados já se importam pouco com o presidente e seu destino.

Esta semana também teremos o Senado votando a reforma trabalhista. Se aprovada, pode representar alguma força política a Michel Temer, mas não a garantia de força para fazer andar as mudanças na previdência social. O país precisa de soluções para não perder o pouco de avanço registrado na economia pós-impeachment de Dilma Rousseff. Não podemos continuar vivendo a nociva incerteza. Com ou sem Temer e seu grupo, a vida continuará e nela há muito trabalho a realizar. Quanto antes sair a solução para a crise, melhor...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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