A amamentação é reconhecida pelo Ministério da Saúde como o primeiro direito da criança após o nascimento, sendo recomendada como fonte exclusiva de alimento até os seis primeiros meses de vida, e indicada aos bebês como parte da alimentação até os dois anos de idade. Por se tratar de um ato tão importante, foi criado o “Agosto Dourado”, para conscientizar os pais que o leite materno pode fazer a diferença na saúde de seus filhos. Isso porque tem um papel significativo na imunidade dos bebês, já que contém células de defesa e fatores que protegem o organismo dos recém-nascidos. Amamentar não se limita apenas a saúde infantil, é um tempo único, em que mãe e filho, iniciam momentos de intimidade e construção de elos que continuam a vida toda. Nesta relação se estabelece a percepção mútua e cria-se um suporte para uma conexão emocional sadia e aberta. Segundo a Dra. Letícia Adorno Pivatto, pediatra do Hospital Sepaco (www.sepaco.org.br), este gesto de amor tem benefícios indiscutíveis. “O leite materno é rico em nutrientes, protege o sistema imunológico dos pequenos contra doenças e infecções, proporciona um crescimento forte e saudável, além de ser um ato de humanização, dedicação e proximidade entre mãe e filho”, avalia. A mãe também é beneficiada pelo aleitamento materno, pois os laços afetivos com a criança são consolidados neste processo. “Além disso, tal ato possibilita a recuperação pós-parto de forma mais rápida e ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal, colaborando para que o sangramento e o risco de hemorragia ou anemia diminuam”, destaca Letícia. A figura paterna deve estar presente neste momento. “O papel do pai é fundamental nesta fase para fortalecer a ligação afetiva, uma vez que é um momento que ele trará carinho e serenidade para a mãe e o bebê”, destaca a especialista.
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