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Opinião
06/08/2017 - 06h59
O que esperar do governo renascido
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O Brasil – especialmente o governo – vive agora a ressaca do embate para a manutenção do presidente Michel Temer no poder. Aconselhado a renunciar logo que surgiram as denúncias, o governante reagiu na área em que mais conhece: o parlamento. Afinal aquele chão é seu, pois exerceu cinco mandatos de deputado federal e presidiu a Câmara durante três biênios. Diferente de Jânio Quadros e Fernando Collor, que partiram para o confronto e tiveram de sair, usou suas habilidades de aglutinador e obteve os votos necessários para barrar o propósito do procurador-geral da República e da oposição, que queriam derrubá-lo.

Vencido esse round, Temer precisa transformar sua vitória em ações concretas para a solução dos problemas nacionais. De nada terá adiantado lutar para permanecer sem que a permanência possa representar solução para a situação difícil em que se encontra o país. Oxalá sua sensibilidade política não o permita avançar ou insistir em ações que não tenha como tornar concretas e irreversíveis no tempo de mandato que lhe resta, mesmo não sendo seu propósito concorrer à reeleição, que ainda é possível segundo a lei.

Espera-se ações concretas na área econômica, que possam ir corrigindo as distorções e o aparelhamento que levaram o país à bancarrota. Se o governo cuidar apenas de buscar o equilíbrio da economia, a revogação de medidas temerárias e até criminosas e o emprego do erário em estratégias de cunho ideológico, já terá feito bastante. Poderá, também, avançar na privatização de serviços e empreendimentos que podem ser bem geridos pelo particular e hoje são estatizados e predados pelo imenso cabide de empregos e apadrinhamento. Evidente que não há tempo para fazer tudo em um ano e cinco meses, mas esse período poderá ser usado para a gestação de um processo a ser entregue como sugestão ao sucessor. Da mesma forma, dificilmente se reformará tanto o trabalho quanto a previdência social em tão pouco tempo, pois os problemas e vícios vêm de até oito décadas atrás. Então, que se faça o possível e se indique o mais difícil para futuras oportunidades.

Neste momento, além de medidas econômicas pontuais que levem ao aquecimento da produção e do emprego, é preciso correr com a reforma política, que também não precisa ser ampla e definitiva. Basta resolver a questão do financiamento de campanha, que está em aberto e pode inviabilizar uma eleição nacional como a de 2018. Outra coisa importante: quanto aos malfeitos já conhecidos e outros que vierem à tona, não são problemas do governo. Basta não interferir no trabalho do Ministério Público e da Justiça, que têm a obrigação de apurar, julgar e punir os responsáveis...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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