Muito diálogo, muita conversa para concluir, quem aceita o outro, os outros, é mais feliz. Sou heterossexual e hoje os tempos são de homossexualismo bissexualismo, transsexualismo, o heterossexual faz parte do passado. Sou moderado em termos de concepções políticas e é visível que os tempos hoje são de radicalismo franco e aberto. Gostaria de passar valores para minhas filhas, mas, sou separado delas, portanto, sinto que o maior valor que eu posso passar é o financeiro, dinheiro. Cada um acha o que quer do outro, com tranquilidade, taxam-se pessoas disso ou daquilo e se você não perceber que os tempos são esses, você fica entristecido. As redes sociais, em sua concepção inicial, foram feitas para aquecer ou gerar amizades, hoje são usadas para eternizar conceitos, valores, divulgar eventos, enfim tudo. E se você achar que você pode viver sem elas, vai entender que pode, mas, que perde boa parte do que está acontecendo. O que fazer Só vejo um caminho. Adaptar-se. Se você acha que casar é compartilhar ideias, talvez não seja mais, o celular venceu esse compartilhamento de ideias verbais. Hoje, seu companheiro (a) fica mais atento ao diálogo no celular do que o diálogo ao vivo. Eu me adaptei. Mesmo na cama, ao lado da minha companheira, falo com ela via Whatsapp. E isso é errado? Não. É uma forma de fazer valer uma vida alegre para mim, uma forma de continuar acreditando na relação, uma forma de seguir vivendo. O fato é que temos que nos adaptar aos novos tempos, se não corremos o risco de nos separar, suicidar, ter problemas psicológicos sérios e vários outros senões. Não é por ai. Principalmente, eu, que tive dois canceres e quero distância da morte, tenho que aceitar e me adaptar. Um outro caminho, para mim, é escrever para desabafar. Filhos Antigamente a família era pai, mãe e filhos. Hoje é mãe, mãe e filhos. Pai, pai e filhos. Pai, mãe, todos e filhos. Todos e filhos. Não sei quantos tipos de famílias existem. E todas buscam a felicidade, neste mundo onde a informação chega até você, em tempo real. A informação é a verdade. E cabe a mim aceitar e pouco questionar. Sei que fui educado com pai, mãe e filhos. Sem separação entre os pais e foi ótimo. Conclusão Poderia ficar discorrendo aqui sobre muitos temas, mas, o fato é... Aceite o novo. Aceite para poder viver em paz. Quando invadirem seu espaço, se defenda, ou seja, aceitar não é uma elegia à apatia. Aceitar é inferir maior inteligência ao seu dia, é transcender o seu mundo. Aceite seu filho, é outro mundo, seu companheiro (a), também, e aceitar é, nestes tempos, além de fundamental. Se você aceitar, você não sairá do Facebook e não precisará de psicologo. Mas, é difícil aceitar, eu sei, só que é necessário. Se não aceitarmos o novo vamos acabar em frangalhos. Esse é o caminho, não vejo outro. Aceitar. Nota do Editor: Anand Rao é editor do Cultura Alternativa (www.culturaalternativa.com.br).
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