Às vezes, no calor de uma discussão, exageramos e perdemos a cabeça. Resultado: não raro desfazemos uma amizade. É lamentável porque em alguns casos o rompimento da amizade é irreversível, vira intriga e até, pasmem, ódio. Perde-se um amigo e ganha-se um desafeto ou inimigo.

Cometi diversas vezes essa besteira abissal. Algumas delas foram revertidas, mas outras não. Infelizmente. Tem mais: é irrelevante saber quem tinha razão no bate-boca ou discussão acalorada e burra. Bastaria ter explicitado a opinião sem descambar para a arenga e o desabafo irracional que sempre culmina com a ofensa pessoal.

Hoje não cometo mais esse tipo de besteira. Mas demorei demais a pensar duas vezes e não perder a cabeça e nem a razão. Não importa se a discussão é sobre política, religião, futebol ou o escambau. Qualquer motivo que leve alguém a esquentar a cabeça e perder a razão é motivo fútil, é algo que não pode e nem deve redundar num rompimento de um laço de amizade.

De todas as discussões a mais estéril e perigosa é a política. A verdade é que ninguém convence ninguém, e essa discussão não leva a lugar nenhum, mas pode detonar uma amizade pessoal. É melhor evitá-la, mesmo sendo provocado.

Discussão estéril é errado. Juro. Inté.