Sófocles, nos idos áureos da Grécia antiga, dizia que havia inúmeras coisas maravilhosas no universo, mas nada era mais maravilhoso que o ser humano. Aquele que É, no livro do Gênese, revelou-nos que tudo o que Ele havia criado era bom, mas que o ser humano era muito bom. Agora se perguntarmos a qualquer adolescente intoxicado de vaidade e presunção advindo duma mal fadada doutrinação feita por ignaros diplomados, e não tendo recebido uma educação doméstica mínima de seus genitores, esse dirá, com a boca cheia, que a humanidade é um tipo câncer que adoece a terra. Bem, se ele estiver falando a respeito de si e de seus doutrinadores, não entraria no mérito da questão. Aliás, seria quase um lampejo de humildade. Porém, não é isso que ocorre não. Em geral, para esses tipinhos, o câncer do planeta seriam todos aqueles que eles e seus mestres disserem que o são. Não eles. Isso jamais. Essas alminhas veem a si como sendo a fina flor primaveril das utópicas latrinas ideológicas das privadas totalitárias furadas. Ou seja: o mundo é horrível, feio e mau de doer, mas eles são as coisinhas mais fofas desse mundo. Enfim, é a esse tipo de perversão moral que muitos doutos em matéria de educar chamam de educação crítica. Crítica de doer.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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