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Opinião
30/09/2017 - 07h53
A nobre missão jornalística
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O soldado aprisionado tem a arma apontada para sua cabeça enquanto um dos seus arrestadores lhe dá água para beber. Com cortes, a cena de guerra foi transformada em “meme” que circula pela internet e demonstra que, dependendo do ângulo em que é mostrada, uma imagem pode ser fiel ao acontecimento ou servir para atender aos interesses ou ideologia de quem a publica ou mostra. Recortada apenas no lado esquerdo, a cena em questão exibe o prisioneiro com a arma encostada na cabeça, pelo lado direito, apenas o autor da prisão matando a sede do preso e, por inteiro, a cena onde ele tanto é imobilizado pela arma quantno servido pela água do cantil do aprisionador.

Essa composição fotográfica, mais do que crítica aos meios de comunicação, deve ser entendida como a demonstração de que uma cena, quando perde a integralidade do seu conteúdo, pode torcer o fato para o mal ou para o bem, conforme a apreciação ou o interesse de quem a manipula. Serve de reflexão para a importância de termos a imprensa livre e ética, comprometida exclusivamente com a verdade. Felizmente, a esmagadora maioria dos jornais, rádios, TVs e sites brasileiros de informações são éticos e têm a realidade dos fatos como motivo de trabalho. O cotidiano nos mostra que os que fogem disso e enveredam pela parcialidade e sensacionalismo, têm vida curta, pois logo perdem o seu maior patrimônio: a credibilidade.

Nosso país vive um momento crítico. Detentores dos mais altos escalões da política são denunciados, processados e até presos. Neste momento, a existência da imprensa livre é fundamental. Os veículos e jornalistas responsáveis têm a nobre missão de oferecer ao público a realidade dos fatos. Lógico que podem emitir opiniões, mas de forma clara e objetiva e atentando aos fatos, não às preferências pessoais ou de outra ordem. Esse é o papel informativo e formativo da opinião pública que cabe aos meios de comunicação executar para, entre outras coisas, orientar a população.

No meio policial costuma-se dizer que um acontecimento – ou ocorrência – tem três “verdades”. A verdade de uma parte, a da outra parte e, finalmente, a “verdade verdadeira”. É essa última, que muitas vezes não interessa a nenhuma das partes, a grande mercadoria do meio informativo. O país e a sociedade nacional dependem, mais do que pensamos, do trabalho honesto e comprometido dos meios de comunicação. Jornalistas, jornais, TVs, rádios e outros canais de informação são mais significativos para a sociedade do que partidos, associações, ideologias e grupos sociais. Sem dispor de informação segura e de qualidade, esses entes sociais dificilmente cumpririam suas finalidades e mitos deles sucumbiriam...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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