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Crônicas
20/10/2017 - 06h59
A vela no canal de São Sebastião
Maria Angélica de Moura Miranda
 

Depois das grandes caravelas, o canal registrou a passagem de embarcações de porte médio, que à vela, traziam o comércio do Rio de Janeiro para o sul do país. Talvez seja também dessa época a canoa a pano, utilizada até hoje por alguns caiçaras.

Com o passar do tempo começaram a aparecer os barcos à vela que são usados para recreação.

Em 1969 foi realizada, através da Federação Paulista, a primeira Semana de Vela de Ilhabela, predominando os barcos pinguins.

O advogado Mário de Sousa Oliveira era Diretor do antigo Ginásio Estadual de Ilhabela e estimulando o interesse dos jovens, mudou em 1971 a disciplina de Artes Industriais para Arte Naval. Os alunos, ao mesmo tempo que recebiam o diploma do ginásio, recebiam a a Carta de Marinheiro. Hoje, aqueles jovens formam 80% das tripulações dos rebocadores da Petrobras ou são tripulantes de grandes petroleiros da Fronape.

Era o começo do Grêmio de Vela de Ilhabela, que servia de apoio para os primeiros cursos profissionalizantes da Marinha Mercante em conjunto com a Capitania dos Portos. No dia 21 de abril de 1972 o Grêmio de Vela de Ilhabela tornou-se Sociedade Civil independente e existe até hoje, representando o Brasil em campeonatos internacionais, com campeões como Mário Sérgio de Jesus e Paulo Henrique de Jesus, que são naturais de Ilhabela.

Quando já lecionava em São Sebastião (1975) o Dr. Mário foi convidado ela Diretoria do Tebar Praia Clube, para criar o Departamento de Vela, um trabalho ao qual se dedicou durante vários anos e orgulhava-se de destacar Luiz Carlos A. Bolina Júnior – Vice-Campeão Paulista de Windsurf em 85/87/89 – e os jovens Ricardo K. Azevedo e Álvaro D. Orselli Júnior, que hoje são Oficiais de Náutica da Marinha Mercante.

Depois disso foi Diretor do Departamento de Ensino Profissionalizante em Ilhabela, que em 1991 formou a primeira turma de Marinheiros de Iate, um trabalho realizado com a colaboração da Superintendência do Terminal Marítimo Almirante Barroso, que colocou instalações, equipamentos e instrutores à disposição do curso.

Paralelo à isso dirigia também o Departamento Náutico da Secretária de Esportes de São Sebastião, organizando campeonatos e regatas.

Recebeu muitas homenagens em vida, como a medalha de Mérito Tamandaré da Marinha Mercante, o título de Cidadão de Ilhabela, Título de Sócio Benemérito do Tebar Praia Clube e depois que faleceu em 2009, a Praça da Vela em São Sebastião recebeu seu nome, uma regata tem o seu nome, a sala da OAB no Fórum de São Sebastião entre outras.

Mas o mais importante é que conseguiu realizar o seu sonho de saber que os grandes medalhistas olímpicos brasileiros treinaram e competiram nas águas do Canal de São Sebastião, ele, sem dúvida, foi um dos primeiros a perceber a importância dessa região.


Nota do Editor: Maria Angélica de Moura Miranda é jornalista, foi Diretora do Jornal "O CANAL" de 1986 à 1996, quando também fazia reportagens para jornais do Vale do Paraíba. Escritora e pesquisadora de literatura do Litoral Norte, realiza desde 1993 o "Encontro Regional de Autores".
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