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Medicina e Saúde
25/10/2017 - 07h39
Os adultos também precisam se vacinar?
Karllian Kerlen Simonelli Soares
 

As vacinas são consideradas recursos eficazes para o controle e erradicação de doenças que ameaçam a vida, sendo considerada essencial na promoção e prevenção de doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2 a 3 milhões de óbitos são evitados pela vacinação a cada ano. A vacina é o meio pelo qual o sistema imunológico humano é estimulado a combater vírus e bactérias, devido à produção de anticorpos, ou seja, agentes de defesa para atuar contra os micro-organismos, enfrentando a doença.

Por meio da vacinação, várias doenças foram controladas ao longo da história. Outras estão praticamente eliminadas, como, por exemplo, a varíola, a rubéola, o sarampo e a poliomelite (paralisia infantil). No entanto, o Ministério da Saúde divulgou neste mês o reaparecimento, por meio de surtos nos países europeus, de doenças como rubéola e sarampo, que já haviam sido eliminadas no mundo.

Este alerta serve para reforçar a importância e a necessidade da vacinação, visto que tais doenças voltaram a causar danos na saúde pública. Mesmo após comprovada a eficiência da vacinação na prevenção de doenças, observa-se baixa cobertura vacinal, principalmente da população adulta. Esse fato está ligado com crenças e mitos, como por exemplo, de que quem toma a vacina contra gripe, ficará gripado.

No entanto, para um sucesso no controle e na eliminação de doenças, é imprescindível a adesão da sociedade ao que está sendo proposto e o conhecimento se torna peça fundamental para a qualificação da adesão e para uma tomada de decisão. No que concerne às vacinas necessárias na fase adulta, são recomendadas a vacina contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, chamada tríplice viral, composta por vírus enfraquecidos, disponibilizada na Atenção Básica de Saúde, sendo recomendada a administração de duas doses até 29 anos e 1 dose entre 30 e 49 anos.

Outra vacina recomendada é a vacina para tétano e difteria, sendo indicada uma dose a cada dez anos, a partir de 14 anos de idade. Contudo, sempre que possível, a dT pode ser substituída pela Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), para prevenção também da coqueluche. Os adultos que apresentam história vacinal desconhecida ou até mesmo os que não foram vacinados, precisam tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT, no esquema de dois meses entre a primeira e segunda doses e quatro a oito meses entre a segunda e terceira dose. A tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) auxilia na imunização contra difteria, tétano e coqueluche. Mesmo apresentando história de vacinação básica completa é recomendada a sua utilização no adulto com reforço com dTpa de 10 em 10 anos anos.

A vacina contra a Hepatite B podem ser administrados durante toda a vida, a partir do nascimento, sendo recomendado três doses, com esquema de um mês entre a primeira dose e a segunda e seis meses entre a segunda e a terceira dose para adultos que não foram imunizados anteriormente, assim como também podem ser vacinados com a vacina para Hepatite A.

Já a vacina contra a Influenza (gripe) é composta por vírus enfraquecidos, sem poder de causar gripe. Sendo assim, o organismo será protegido contra o vírus da influenza e contra as complicações (pneumonias bacterianas), é recomendado tomar dose única, anual e disponibilizada na unidade de atenção básica.

Em relação à vacina contra o papilomavírus humano (HPV), sua composição é de proteínas, sendo considerada uma vacina totalmente inativada, previne contra o câncer de colo de útero, de vulva, de vagina e de ânus. É recomendada três doses: HPV4, licenciada para meninas de nove a 45 anos de idade e meninos de nove a 26 anos de idade, já o HPV2, são para meninas a partir dos nove anos.

A vacina contra febre amarela é composta por vírus enfraquecidos, dentre outras substâncias. É indicada uma dose para residentes ou viajantes de áreas de recomendação do MS. Em caso de viagem, é necessária a imunização com pelo menos 10 dias de antecedência. A vacina é contraindicada para mulheres com filhos que amamentam menores de seis meses de idade.

Uma vacina importante para pessoas com mais de 50 anos é a que imuniza contra herpes zoster: esta doença é causada por um vírus que causa lesões na pele, principalmente nos troncos, provocando intensa dor. A utilização precisa ser definida por um médico, sendo necessária apenas uma dose. Outra é a vacina contra a dengue, com administração de três doses, com intervalos de seis meses cada, licenciada para adultos com até 45 anos, sendo contraindicada à imunodeprimidos, gestante e mulheres que estão amamentando.

Muitas pessoas acreditam que as vacinas são indicadas apenas para as crianças, mas isto é um mito, pois vimos que muitas são as vacinas recomendadas ao adulto, infelizmente negligenciadas atualmente. É necessário, portanto, mais comprometimento da sociedade na adesão, pois as doenças que causaram inúmeras mortes em todo o mundo podem reemergir. Precisamos lembrar do ditado: "prevenir é melhor do que remediar!".


Nota do Editor: Karllian Kerlen Simonelli Soares é professora do curso de Enfermagem da Faculdade Pitágoras de Linhares.

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