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Opinião
28/10/2017 - 08h37
Novo analfabetismo
Luiz Gonzaga Bertelli
 

O bom desempenho no ensino fundamental é importante para que os alunos adquiram um aproveitamento satisfatório na universidade ou nos cursos técnicos. Dessa forma, terão condições de transformar-se em profissionais mais qualificados, podendo atingir salários justos no mercado de trabalho e, consequentemente, uma boa condição de vida. No entanto, o Brasil e os países da América Latina e do Caribe vêm negligenciando essas exigências, já que grande parte dos estudantes conclui este ciclo sem que sejam assimiladas habilidades básicas.

Esse é o resultado de uma pesquisa da Unesco, órgão das Organizações das Nações Unidas (ONU) que trata de educação. De acordo com o estudo, 36% das crianças latino-americanas e caribenhas não atingem a proficiência mínima de leitura, para a faixa de 14 anos. Em matemática, disciplina básica para carreiras importantes como engenharia e demais áreas tecnológicas, a situação é ainda mais grave: 52% dos alunos não chegam aos níveis exigidos de aprendizagem. Em números absolutos, a conta perpassa os 19 milhões de crianças e jovens que saem do ensino fundamental sem a formação adequada nessas áreas.

A situação é tão grave que especialistas em educação da própria ONU já intitulam o cenário como o “novo analfabetismo”, gerando crianças e adolescentes que vivenciarão frustrações nas fases seguintes da escolarização e também na vida profissional. A leitura é uma capacidade básica para todas as outras disciplinas. Sem a compreensão de textos, os alunos não conseguem avançar na aprendizagem. O quadro tende a se agravar diante do cenário atual, já que, no mercado de trabalho, extremamente competitivo, a compreensão das informações, cada vez mais complexas, é fundamental para o bom desempenho e realização profissional.

Nas décadas passadas, a grande dificuldade era a inclusão de todas as crianças nas escolas. Hoje, a maior deficiência está na qualidade de ensino. Investir em educação é investir no próprio futuro. O Brasil e seus vizinhos da América Latina e do Caribe precisam agir com rapidez para que seus jovens tornem-se bem preparados, sejam absorvidos pelo mercado de trabalho e auxiliem na construção de um futuro melhor.


Nota do Editor: Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).

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