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Opinião
04/11/2017 - 08h29
Resiliência e a nova Revolução Industrial
Ricardo Werner Arins
 

Presente nos Estados Unidos, França e Alemanha, a indústria 4.0 envolve automação, controle e tecnologia da informação. Significa que num futuro próximo tudo estará interligado pelo big data. As novas tecnologias, responsáveis por “fábricas inteligentes” e pela mudança na indústria e consumo, devem afetar o mercado brasileiro, em breve. Embora o Brasil ainda tenha dificuldades, principalmente na velocidade e qualidade na internet, a indústria 4.0 deve chegar num futuro próximo e já faltam especialistas no mercado. Isso porque as máquinas não vão substituir o homem. Comparando com o século XVI, temos cada vez mais gente na indústria. Existem hoje mais de 3 milhões de trabalhadores nas fábricas brasileiras. Os trabalhos manuais, do chão de fábrica, serão substituídos por mão de obra automatizada, mas isso vai gerar novas demandas. É preciso de talentos para lidar com elas. O caminho é que nos tornemos cada vez mais especialistas e isso gere empregos novos, principalmente na área de Automação Industrial.

A indústria 4.0 representa a quarta revolução industrial, que modifica padrões de produção, trabalho e consumo, em todo o mundo. A primeira – e mais conhecida historicamente, começou na Inglaterra, em 1700. Depois, foi com a adoção da energia elétrica e o petróleo, a partir de 1870. Em meados da década de 1940, após a Segunda Guerra Mundial, com o início da automação, deu-se a segunda revolução. A diferença dos dias de hoje é a velocidade com que as mudanças estão acontecendo, num ritmo jamais visto. O termo indústria 4.0 foi cunhado em um projeto de estratégias do governo alemão para a tecnologia e usado pela primeira vez em 2011. Uma das características do novo modelo é que a indústria terá uma produção em menor escala e de forma mais personalizada, numa época marcada pela conectividade dos aparelhos, comunicações móveis, redes sociais e inteligência artificial. A mudança de comportamento do consumidor já pode ser percebida no Brasil e envolve a colaboração e a sustentabilidade.

Um estudo da KPMG, intitulado Global CEO Outlook, destaca que os próximos três anos trarão consigo uma transformação sem precedentes, e que serão muito mais decisivos para a evolução da economia do que os 50 anteriores. Num futuro próximo, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda cadeia produtiva. As “fábricas inteligentes” terão autonomia para prever falhas e se adaptar aos requisitos e mudanças não planejadas na produção. No consumo, as empresas anteciparão as necessidades e desejos das pessoas, com base em informações coletadas nas mídias sociais. Isso significa que, para o mercado de trabalho, a palavra resiliência nunca esteve tão na moda. Os profissionais que não souberem se adaptar rapidamente às mudanças e à chegada das novas tecnologias serão ameaçados por uma nova geração de resilientes.


Nota do Editor: Ricardo Werner Arins é professor do curso de Automação Industrial do Centro Tecnológico Positivo.

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