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Opinião
07/11/2017 - 07h18
Sou chefe. E agora?
Ricardo Resstel
 

A grande maioria dos profissionais, ao entrar no mercado de trabalho, sonha com o dia de assumir uma posição de liderança. Trabalham arduamente, buscam excelência em tudo que fazem, tornam-se tecnicamente diferenciados, até que a oportunidade chega. Uma vaga de liderança é disponibilizada e depois de um processo seletivo, o cargo de supervisão é finalmente assumido.

O grande problema desse processo é que toda a capacitação, até o momento, foi técnica e não comportamental. Ou seja, embora o profissional conheça e execute a função com maestria, isso não lhe garante as habilidades necessárias para conduzir uma equipe. Principalmente em um ponto presente em todas as pessoas: o ego. Invariavelmente o novo gestor precisará lidar com egos inflados e feridos. Alguns de seus colegas pensarão que deveriam estar em seu lugar e, por causa disso, aquele sentimento de amizade será parcialmente abalado, dando espaço a uma possível baixa colaboração.

Como lidar, então, com essa realidade que ninguém recebe preparação para lidar? Alguns pontos práticos podem ajudar a acalmar as coisas e garantir uma boa produtividade. Listei três deles que acho os principais e que podem ajudar muito os novos líderes:

1 – Não seja o “Dr. Sabe Tudo”. A insegurança da nova posição e a sensação de maior cobrança leva muitos jovens líderes a desejarem ter resposta para tudo. A realidade é que isso não é possível e tentar passar essa impressão é um tiro que sai pela culatra. Essa prática o conduzirá ao aprendizado por erros e acerto, o que pode custar muito caro. É muito melhor poder contar com a sabedoria de todo grupo ao invés de centralizar todo o processo. Marcos Lemonis, empresário e protagonista do programa de TV “O Sócio”, afirma que um dos pontos chave para quebrar a resistência de uma equipe e gerar engajamento é demonstrar vulnerabilidade. Deixar claro que não sabe tudo e que a equipe é a grande heroína do processo de vitória garantirá um espírito de união e melhores resultados.

2 – Assuma a responsabilidade de gerar relacionamentos produtivos. Ao assumir a chefia, muitos líderes inexperientes se distanciam das equipes, o que é um erro perigoso. As pessoas não “compram” uma visão sem antes “comprarem” o líder. Enquanto não houver conexão entre líder e liderados, tentar difundir uma visão será inútil. Líderes que não buscam relacionamento com seu time enfrentam sempre a sensação de estarem falando com as paredes. Tudo que falam parece entrar por um ouvido e sair pelo outro sem produzir nenhum efeito relevante. O grande problema quando isso acontece é que os gestores acabam por recorrer à força e ameaças, o que aparentemente funciona. Porém, ao recorrer a essa gestão autocrática, sua equipe se limita a fazer o estritamente necessário para manter seus empregos. Sem relacionamento não há esforço extra, não há novas ideias, não há alta performance.

3 – Seja a referência. Essa deveria ser a parte mais fácil, afinal, o líder foi promovido por sua dedicação e competência. Mesmo assim, alguns líderes acabam por se acomodar ao conforto de suas salas. Não há liderança senão pelo exemplo. Quando um líder chega cedo, trabalha arduamente, estuda para continuar se desenvolvendo, se sacrifica em prol da equipe, serve de trampolim para o crescimento de cada colaborador, ele estabelece um padrão. Quando o gestor age dessa forma, cria um desconforto em quem não o faz, influenciando assim toda a equipe em direção a alta performance.

O grande diferencial de estabelecer essas práticas é que seu impacto vai além dos resultados pessoais. Quando o líder vive dessa forma, ele influencia toda uma geração de novos líderes no ceio da organização. Essa prática redefine positivamente os padrões de desempenho, o que invariavelmente o conduz a posições cada vez mais elevadas no quadro organizacional.


Nota do Editor: Ricardo Resstel (www.ricardoresstel.com.br) é coach e palestrante com mais de 15 anos de experiência em desenvolvimento de equipes, especialista em liderança e membro licenciado do John Maxwell Team – a mais relevante equipe de formação de líderes do mundo.

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