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Opinião
28/06/2005 - 07h40
Da ficção à realidade
Fabio Arruda Mortara
 

A indústria gráfica, setor que presta serviços a todos os demais ramos de atividade e também às pessoas físicas, é extremamente sensível às oscilações da economia, às mudanças de hábitos e cultura e ao impacto tecnológico. Termômetro preciso da performance do nível de atividades, que consegue medir pelo volume de produção de embalagens, notas fiscais, talões de cheques, cartões de crédito e manuais de produtos eletrônicos e automóveis, o setor, tradicionalmente, costuma crescer quatro pontos percentuais acima da expansão do PIB e, infelizmente, cai na mesma proporção, quando ocorre estagnação ou recuo econômico.

No Brasil, já se percebe, por outro lado, a verdadeira metamorfose exigida da indústria gráfica em função das mudanças nos hábitos de consumo, do advento e multiplicação da Web, bem como da concorrência desta e de outras novas mídias. Neste contexto, os impressos em geral - a tinta sobre o papel - torna-se cada vez mais uma das ferramentas multimeios para a comunicação. Ou seja, insere-se numa cadeia produtiva essencial na presente era, em que a informação e a agilidade de a disseminar ou a alcançar são os mais significativos diferenciais competitivos de empresas e pessoas.

Cada vez mais, a proliferação de novas tecnologias faz com que o ato de produzir torne-se universal, com qualidade similar em todo o Planeta. Neste novo mercado sem fronteiras, o impresso passa a ter hora, destinatário e local de entrega estabelecidos de forma clara, indiscutível e não negociável. Entender esses requisitos são fatores decisivos. O produto e o atendimento adequado passaram a ser, quase sempre, mais importantes do que o processo.

Para crescer e multiplicar oportunidades de negócios neste universo, as gráficas também precisam ser diversificadas internamente quanto aos equipamentos e às tecnologias disponíveis, tornando-se aptas a atender às exigências da demanda em geral e de cada cliente em particular. É preciso imprimir em grande ou pequenas tiragens, com diferenciais de qualidade e preço; é necessário responder à procura crescente da impressão sob demanda (como a produção de livros para uma pequena editora, à medida que as livrarias solicitem novos lotes de 200, 100 ou menos exemplares) ou com dados variáveis (por exemplo, uma revista distribuída aos assinantes com o nome de cada um, personalizado, impresso na própria capa). Estas possibilidades são viabilizadas pela tecnologia da impressão digital, um avanço praticamente consolidado no mercado brasileiro e que agrega ganhos de eficiência e redução de custo.

No universo da comunicação, a indústria gráfica não é mais um segmento hermético e tampouco auto-suficiente em seu mercado. Se um dia, em meados do Século XV, foi o grande e indiscutível vetor do avanço da democratização do conhecimento, a partir da imprensa de Gutenberg, agora soma-se às infinitas possibilidades de mídias para a interação planetária. Portanto, o setor é um dos que mais necessita encampar os avanços descritos nos anos 90 quase como obras de ficção. Trata-se de uma atividade que, necessariamente, transforma em verdade prática as teses defendidas pelos "gurus" de então, como o escritor germânico Robert Kurz, que já alertava: "A concorrência no mercado mundial torna obrigatório um novo padrão de produtividade e qualidade, configurado pela combinação de ciência, tecnologia avançada e investimentos no seu aporte". Alguém dúvida?


Nota do Editor: Fabio Arruda Mortara, M.A., MSc., empresário gráfico, é presidente executivo da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

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