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Opinião
30/01/2018 - 06h52
A febre amarela e a (falta de) informação
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A febre amarela, moléstia tão antiga, é o novo fantasma a preocupar os brasileiros. Erradicado na área urbana em 1942, o mal sempre existiu no meio rural e, segundo números oficiais, todos os anos morrem pelo menos 50 pessoas acometidas. Agora, o seu surgimento no entorno de São Paulo, Belo Horizonte e outras áreas densamente habitadas, mobiliza as autoridades sanitárias e preocupa a população quanto a uma possível pandemia. Justificou, inclusive, a corrida e a invasão em postos de vacinação. De outro lado, pontuam nas redes sociais e até nos meios tradicionais de comunicação informes que colocam em dúvida a vacina e a conveniência de tomá-la. Fala-se que, em certos casos, o imunizante, em vez de proteger o paciente, pode levá-lo à morte.

Temos visto, nas últimas semanas, autoridades de saúde das três esferas de poder – federal, estadual e municipal – divergirem sobre a necessidade de vacinação e até quanto à eficiência da vacina. A contenda sugere que, dependendo das variáveis, alguém pode morrer porque não tomou a vacina ou, ao contrário, morrer porque foi vacinado. Trata-se de uma equação alarmista que as autoridades da área têm o dever de resolver para bem orientar a população, que poderá marchar para o pânico sem saber o como agir para preservar a vida.

Considerando a necessidade de vacinar grande número de pessoas – São Paulo, por exemplo, quer imunizar toda a população do Estado – adotou-se a vacina fracionada, um procedimento que já deu certo na África. Em vez de receber a dose inteira, destinada a protegê-lo pelo resto da vida, o vacinado ficará imune por nove anos e no futuro receberá uma dose de reforço. A fração é um décimo da dose tradicional e, para medi-la foi criada uma seringa especial, que não recolhe mais líquido do que o estabelecido para a fração.

Fala-se que quem não vai às regiões de risco não precisa se vacinar. Mas, de outro lado, autoridades armam esquemas para vacinar toda a população. Especialistas e não especialistas produzem materiais para as redes sociais alertando para riscos e problemas inerentes à vacina que, segundo dizem, não tem a mesma qualidade e os baixos riscos das da poliomielite e da gripe, já conhecidas da população.

O Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e as municipais da área precisam orientar devidamente a população e não permitir que informações isoladas e muitas vezes de fontes apócrifas e descontextualizadas disseminem o pânico. O povo tem o direito de saber o que realmente ocorre para, com essa informação, ir ou não ir ao posto de vacinação. A orientação, dever de Estado, é fundamental...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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