Inchaço e varizes são problemas comuns nas futuras mamães; veja como minimizá-los
Com tantas mudanças no corpo feminino durante a gravidez, as pernas não poderiam sair incólumes. A futura mamãe vivencia as alterações hormonais, a maior pressão do útero sobre a veia cava e o aumento de peso e de volume do sangue (que cresce em 50%, porque o organismo faz uma espécie de "reserva" sanguínea para compensar perdas no parto). O resultado é o inchaço nas pernas e o aparecimento de varizes. "Durante e depois da gestação, é comum que as mulheres apresentem veias adoecidas, dilatadas e tortuosas. Muitas delas diminuirão logo após o nascimento do bebê", explica o cirurgião vascular Kasuo Miyake, Doutor em Cirurgia pela Universidade de São Paulo e diretor da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia. As orientações para minimizar os incômodos são simples. Segundo Miyake, a grávida precisa se alimentar corretamente para evitar aumento de peso excessivo, hidratar-se bem, praticar exercícios físicos nos limites das indicações médicas e movimentar as pernas constantemente (com movimentos de sobe-e-desce com os pés, acionando a panturrilha), para ajudar o bombeamento do sangue. As meias elásticas só devem ser usadas com o aval de um cirurgião vascular, já que a meia mal-adaptada pode garrotear abaixo do joelho e prejudicar a circulação, em vez de ajudar. Para as varizes que não sumirem após o nascimento do bebê, existem tratamentos seguros e eficazes - que podem ser iniciados três meses depois do parto. Miyake recomenda que as veias de pequeno e médio calibre (grossura) sejam tratadas com aplicações de laser ou glicose, acompanhadas de jatos de ar congelado para anestesiar a pele e aumentar a potência das aplicações. Em casos de veias mais grossas e profundas, pode-se indicar intervenção cirúrgica (que evoluiu com a adoção do laser endovenoso), procedimento que atualmente é bastante simples e seguro.
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