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Opinião
28/02/2018 - 06h10
As leis dos vikings
Oscar D´Ambrosio
 

Em 'An Unimaginable Journey: How Pepsi Beat the Odds in Roman', Aviad Meitar narra como diversos aspectos do mundo viking podem ser muito importantes para o mundo contemporâneo. O mais importante é verificar como foge de padrões preconceituosos sobre essa civilização.

O próprio nome viking está associado à navegação - e não à guerra, como costuma se pensar. Significa o momento em que os navegantes trocavam de posto no barco para não perder o ritmo de suas remadas e ficar a sabor dos poderosos ventos do norte. Era a única maneira de manter o curso e manter a equipe unida por um ideal.

Também se acredita que os vikings usavam chifres em seus capacetes. Isso é uma lenda, pois não há achados históricos que comprovem a tese e a presença desses 'adornos' só atrapalharia a movimentação e favorecer o inimigo. Em contrapartida, sabe-se que é que eles tinham uma sociedade em que homens e mulheres lutavam lado a lado; e onde o adultério não era visto como crime, podendo os filhos adotar o nome do pai. Elas podiam ainda herdar propriedades, pedir o divórcio e reaver seus dotes se o casamento terminasse.

Tais posturas eram vistas como bárbaras, no mau sentido, pelos cristãos. Outro fato que diferenciava os vikings era sua extrema organização nos combates, higiene pessoal, como comprovam achados de pinças, lâminas de barbear, pentes e limpadores de ouvido feitos de ossos e chifres de animais; e o hábito de tomar banho semanalmente, com intervalos menores que outros povos europeus, e de frequentarem fontes termais.

Entre as curiosidades desta civilização, está uma muito contemporânea: a reciclagem: Os vikings colhiam um fungo da casca das árvores e o ferviam por vários dias em urina humana antes de jogar o resultado sobre uma espécie de feltro. Dessa maneira, conseguiam, graças ao nitrato de sódio dos dejetos, uma chama mais duradoura, que podia ser carregada, ardendo sem queimar.

O livro resume as leis vikings em quatro blocos: "Seja valente e agressivo"; "Esteja preparado"; "Seja um bom negociador"; e "Mantenha a casa em ordem". Lidas dentro de um contexto que evite preconceitos e estereótipos, essas máximas podem ser de utilidade para o desempenho das mais diversas atividades profissionais, seja nas áreas das humanidades, das ciências exatas ou das biológicas.


Nota do Editor: Oscar D'Ambrosio, doutor em Educação, Arte e História da Cultura e mestre em Artes Visuais, atua na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp.

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