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Opinião
02/03/2018 - 05h55
Os riscos de uma educação perigosa
Bayard Galvão
 
Algumas propostas podem tornar a vida dos futuros adultos mais saborosa. Outras podem arruiná-la para sempre

É incrível como temos presenciado uma educação perigosa de crianças e adolescentes. E os resultados disso são assustadores, como pessoas com dificuldade de disciplina, baixa capacidade de aguentar frustração, individualismo exagerado, vitimização constante e, por tudo isso, um aumento de facilidade de quadro de depressão e variações de transtornos de ansiedade.

Em meio a diversas atitudes completamente questionáveis por parte dos pais, cuidadores e/ou educadores, existem cinco que considero as mais perigosas: excesso de proteção, excesso de elogio, pouca crítica, pouca exigência e a exaltação das vítimas. Indo por partes:

Excesso de proteção

Chamamos de excesso de proteção dos pais, familiares e variações quando se protege a criança daquilo que ela conseguiria se proteger. Quando isso ocorre, a mesma não descobre suas próprias faltas e forças, tornando-a insegura para se defender das dificuldades da vida, ficando dependente de alguém para resolver seus problemas.

Excesso de elogio

O excesso ocorre quando há uma disparidade entre o feito e o elogio. A criança tira “7” em uma prova e a mãe ou pai diz: “É a criança mais inteligente e linda que existe”. Há tantos obstáculos na vida de quem tem excessiva baixa autoestima, quanto de quem tem excessiva alta autoestima, seja em relações sociais, quanto de arrogância e falta de humildade para reconhecer as próprias faltas e falhas para a superação de si.

Pouca crítica

Não mostrar onde a criança está errando não a leva a um maior crescimento e nem a ensina a perceber que pode não ser perfeita, mas que mesmo assim, será amada. Ademais, seremos mais criticados do que elogiados pela vida, e não estar preparado para isso é uma perigosa falta.

Pouca exigência

É mais fácil o cotidiano nos pedir para correr do que pedir para caminhar. Quem estiver acostumado a ficar deitado e receber tudo nas mãos, tenderá a ter preguiça de perseguir os seus objetivos mais exigentes, como ser um profissional de mérito, um bom pai, uma boa amiga ou até manter a saúde e um mínimo de estética.

Exaltação das vítimas

Cuidar das pessoas que estão sofrendo é uma coisa, torná-las exemplos de vida é outra. O mérito está em cuidar bem delas e buscar a superação de si. Inverter este raciocínio gera uma sociedade que coloca romance na vitimização diária e não valoriza aquele que se esforça, luta e cuida de si e dos outros.

Conclusão

Elogiar e criticar na medida do razoável, ensinar a criança a se proteger do que for capaz e deixar claro para elas as suas virtudes, propor disciplina e esforço, equilibrando com descanso e diversão e cuidar de quem precisa, exaltando os cuidadores e que se superam; eis algumas propostas que podem tornar a vida dos futuros adultos mais saborosa.


Nota do Editor: Bayard Galvão (www.institutobayardgalvao.com.br) é psicólogo clínico formado pela PUC-SP, hipnoterapeuta e palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos.

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