Brotoeja é o nome popular de uma doença de pele chamada miliária. Bastante comum no verão devido às altas temperaturas, é uma dermatite inflamatória aguda decorrente da obstrução dos dutos excretores das glândulas sudoríparas, o que impede a saída do suor.

O dermatologista Taugane Zacca, médico do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP), explica que “as pequenas lesões avermelhadas geralmente se manifestam no tronco, pescoço, axilas e nas dobras da pele e podem ser muito incômodas”.

Os principais sintomas da brotoeja são a coceira e a queimação, geralmente acompanhadas de pequenas bolhas vermelhas. Ela pode ser classificada em três tipos: miliária cristalina, quando a obstrução ocorreu em um ponto superficial da epiderme, miliária rubra, em uma região intermediária, e miliária profunda, quando o bloqueio se dá no início do duto excretor.

O importante para diagnosticar qual o tipo de brotoeja se manifestou no paciente é procurar ajuda médica, pois alguns casos são mais graves e podem ser confundidos com outros problemas de pele. “A melhor forma de prevenir a manifestação da miliária é evitar o calor e situações que provoquem o suor em excesso”, informa o médico.

É recomendável que no verão as pessoas evitem passar cremes, loções e filtros solares gordurosos especialmente nos dias de muito calor. O uso de ar condicionado ou ventiladores é indispensável, e deve-se dar preferência às roupas de algodão, que ajudam a absorver o suor.

Tratamento

Zacca esclarece que o melhor tratamento para a brotoeja é refrescar a pele para aliviar o desconforto, aumentar a frequência de banhos e manter o ambiente fresco e ventilado. Para as crianças pequenas, também pode ser usado uma loção de calamina. Contudo, nos casos mais graves, o médico poderá receitar medicamentos corticoides e antibióticos.