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Opinião
16/03/2018 - 05h54
Sororidade: você também precisa dela
Semadar Marques
 

“Copo na mão / E as inimigas no chão / Claudinha lacradora / Dando nas recalcadas / Enquanto a gente brinda / Elas tomam pisão”

Tudo bem, eu sei que você ouviu durante toda a vida que mulheres estão sempre competindo entre si, comparando e julgando umas as outras e por essa razão pode achar normal a letra dessa música.

Mas hoje quero te propor uma reflexão, seja você mulher ou não.

Mulheres saíram efetivamente da frente do fogão para enfrentar o mundo lá fora há pouquíssimos anos. A maioria cresceu com o velho paradigma que seu valor estaria em sua capacidade de despertar a atenção dos homens de alguma forma. Diga-se de passagem, isso resultou na exigência de um padrão exagerado de beleza, banalizando a imagem feminina e fazendo com que a aparência da mulher importasse mais que a sua essência e a definindo como pessoa.

Toda esta objetificação resultou que a maioria delas distanciou-se bastante de si, das próprias expectativas e necessidades emocionais. Durante muito tempo viveram para corresponder as expectativas masculinas, esquecendo-se das suas. E esse distanciamento, por consequência, resulta de uma baixíssima autoestima, insegurança quanto ao fato de atender ou não a essas exigências e como se encaixar nesse modelo pré-concebido. Ou seja, essas exigências tiraram o poder pessoal das mulheres e as ensinaram a viver para representarem um papel, e somente assim, serem aceitas e consideradas adequadas.

É por essa razão que se fala tanto em empoderamento feminino, que trata de devolver o poder das próprias escolhas às mulheres, quebrando a crença que atender aos seus anseios irá fazê-las menores ou sem valor.

Mas o que a competitividade feminina tem a ver com isso?

Tudo. O pano de fundo da competição é a necessidade de provar o próprio valor. E as mulheres só competem entre si, pois ainda não consolidaram a segurança necessária para entender sobre sua capacidade e força próprias. E quando isso não é estimulado, cria-se um ambiente de sobrevivência, onde é necessário diminuir a outra para mostrar-se forte e mais “adequada”.

Quando se pega o caminho contrário, fazendo uma mulher enxergar seu valor e suas capacidades e pondo-as em prática, existe um salto vertiginoso em sua autoestima e ela não precisa ver a outra como sua rival, mas sim como sua irmã.

Esse é o conceito de sororidade, que fortalece nas mulheres a prática do apoio mútuo, o que alavanca de maneira significativa a força capaz de quebrar os paradigmas antigos e criar um mundo onde haja espaço para que todos, homens e mulheres, possam buscar seus sonhos e criar seu caminho. Ambientes onde essa equidade acontece abrem espaço para uma maior produtividade, criação e inovação. E claro, uma qualidade de vida enorme para todos.


Nota do Editor: Semadar Marques (www.semadarmarques.com.br) é especialista em Empatia, Liderança Colaborativa, Propósito de Vida e Inteligência Emocional. Através de suas palestras, conferências e workshops sobre esses temas, Semadar busca inspirar as pessoas a irem atrás do que lhes faz plenamente felizes.

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