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Opinião
02/07/2005 - 16h02
O socialismo precisa de enterro
Marli Nogueira - MSM
 

O socialismo está comprovadamente morto.

Após seu retumbante fracasso na União Soviética e no Leste europeu, restam apenas alguns poucos países - Cuba, China, Vietnã e Coréia do Norte - que ainda tentam manter de pé um regime baseado nas idéias do embusteiro alemão, Karl Marx. E, dentre eles, o único que começa a demonstrar algum grau de prosperidade é a velha China, embora isso se deva, única e exclusivamente, à tentativa de instalação progressiva de um sistema capitalista e não à preservação de dogmas socialistas. Há mesmo quem diga que dentro de algum tempo o governo chinês terá que promover uma abertura política como forma de compatibilizar a economia em expansão com um regime democrático, único que poderá lhe dar sustentação. É que um sistema econômico desenvolvido e estável necessita de instituições igualmente desenvolvidas e estáveis, que se revelam em um conjunto de leis justas, em um Judiciário eficiente e rápido, em um Executivo responsável e operante, em uma total independência dos Poderes, em uma transparência das ações governamentais, no respeito aos contratos e na impossibilidade de surpresas constantes, que servem muito mais para agradar aos donos do poder do que à sociedade como um todo.

E o que teria provocado a morte do socialismo, perguntarão alguns? A resposta é simples: a base mentirosa em que ele se fundou.

Ao escrever Das Kapital, Karl Marx, financiado por seu amigo burguês Friedrich Engels, (na verdade, um grande empreendedor capitalista), manipulou dados do período pré-revolução industrial, como forma de "demonstrar" o estrago que o capitalismo estaria promovendo no campo social. Evidente que, antes de meados do século XVIII, quando a revolução industrial ocorreu na Inglaterra, as condições sócio-econômicas da população eram baixíssimas, somente vindo a melhorar justamente a partir daquele período, com o inegável avanço da prosperidade econômica. Mas isso Marx fez questão de ocultar. Não satisfeito, Marx ainda adulterou, de forma desavergonhada, o teor de um discurso proferido em 1863 pelo então primeiro-ministro inglês W. E. Gladstone sobre o aumento da riqueza em seu país. Naquela ocasião, Gladstone afirmou: "Eu deveria encarar quase com apreensão e com pesar esse aumento inebriante da riqueza e do poder se achasse que tal aumento se limitou à classe que está em condições mais favoráveis." E Marx, com o seu habitual desapego à verdade, atribuiu-lhe as seguintes palavras: "Esse aumento inebriante de riqueza e poder se limita inteiramente às classes proprietárias" (1). É esse o tipo de honradez intelectual a que se devota o socialista!

E assim, de mentira em mentira, de empulhação em empulhação, os socialistas foram conseguindo adeptos em muitos países do mundo, sob o argumento - igualmente mentiroso - de que agiam em nome de um proletariado e de um campesinato oprimidos, enquanto a pobreza desses mesmos proletários e camponeses aumentava em proporções gigantescas exatamente nos países que se deixaram arrastar pela falácia do socialismo.

Mas nem só de números e distorções de palavras alheias vive o socialista de sempre. Para apoiar suas claudicantes teorias (sempre readaptadas aos fatos que as contradizem), eles também "criam" novos fatos, notícias e heróis com a maior desfaçatez de que um ser humano é capaz, divinizando personagens que trarão bons frutos à sua causa, independentemente da indignidade dos atos que eles praticam, sejam esses personagens reais ou imaginários. Heróis são criados da noite para o dia, com histórias mirabolantes sobre sua vida de "sacrifícios e opressões", como foi o caso de Rigoberta Menchú, índia maia guatemalteca, que se tornou um ícone das esquerdas, tendo inclusive recebido o Prêmio Nobel da Paz de 1992 e, é claro, fama internacional, por sua "luta contra o racismo e pelos direitos humanos" da comunidade indígena da Guatemala, mas que recentemente teve sua história desmascarada (2), constatando-se que, longe de ser ela uma "pobre analfabeta" cujo pai nem mesmo lhe permitiu estudar para não ser intelectualmente "corrompida" por professores burgueses, era ela filha de um proprietário de 2.753 hectares de terras e que a enviou, sim, para estudar em bons colégios, sendo que a "luta" que a notabilizou não passou de uma rixa entre os próprios donos de terras locais que nada tinham a ver com os "conquistadores", como relatado em sua biografia ardentemente preparada por uma... socialista! (3) Mais uma falácia, entre milhares de outras!

Também entre nós não é escassa a fabricação de "fatos" e "heróis", com forte apelo emocional, que servem para enganar os incautos e agitar as massas, jogando na "sociedade" a culpa pelas tragédias que os próprios socialistas fabricam com suas políticas malévolas e que depois são incapazes de solucionar. Uma simples leitura dos jornais o comprova facilmente. Lembram-se do filme "Ônibus 174", em que o bandido virou herói e a vítima, uma jovem professora que havia chegado do Nordeste ao Rio de Janeiro, cheia de esperanças, não mereceu uma palavra de piedade do cineasta (o que não impediu de fazer do filme um campeão de prêmios e de críticas favoráveis)? Ou de "Olga", filme que romantiza a vida de uma comunista enviada ao Brasil pela URSS exatamente para monitorar Prestes em sua ação comunizante no Brasil e que igualmente mereceu maciça propaganda como se versasse sobre uma virtuosa e sofredora heroína? Lembram-se da "descoberta" de documentos do regime militar na base aérea de Salvador, "destruídos pelos militares"? Lembram-se de Dorothy Stang, a freirinha quase canonizada pela mídia pelo fato de ter promovido a luta de classes no campo, no interior do Pará? Lembram-se de José Dirceu, referindo-se à sua substituta na Casa Civil como uma "companheira de armas", mesmo sem ele ter participado da luta armada no Brasil, já que permaneceu por longo tempo em Cuba, trabalhando para Fidel Castro, e ao regressar ao país escondeu-se em uma cidade do interior, sem sequer revelar à mulher com quem se casou a sua verdadeira identidade, mesmo com ela tendo vivido por mais de vinte anos? Lembram-se dos políticos que, em época de campanha, se dizem "perseguidos" e "torturados" pela "ditadura", mesmo sem tê-lo sido e como se isso fosse todo o mérito de que precisam para desempenhar as funções para as quais se candidatam? Lembram-se da propaganda sobre "trabalho escravo" no Brasil, como se fôssemos novamente aquele mesmo país de mais de um século atrás, enquanto nossos fazendeiros (responsáveis pelo alimento que comemos todo dia) vivem em constante sobressalto, temendo perder a terra que possuem, seja para o MST, seja para alguma lei injusta que lhes retire o direito à propriedade? Lembram-se da campanha do desarmamento, cujo intento é o de fazer crer que o perigo está no homem de bem que possua uma única arma para se defender e não nos bandidos armados até os dentes? Os exemplos são tantos, que nem caberiam neste artigo. Mas se algum leitor quiser constatá-los, é só fazer uma pesquisa nos jornais.

Mentiras, traições, vilanias de toda sorte é o que o socialismo, em todas as suas vertentes, tem produzido há dois séculos, mas que agora já começam a cansar a inteligência do povo - de qualquer povo. Mantê-lo vivo é o mesmo que tentar ressuscitar a velha crença nazista na supremacia da raça ariana.

Um dos baluartes do socialismo no Brasil é o PT (e não é o único!), partido que já demonstrou, à saciedade, basear-se em mentiras, traições e vilanias. Dizia-se o paladino da "ética e da moralidade" e demonstrou ser exatamente o contrário. Dizia-se o defensor dos pobres e desamparados e só fez aumentar sua pobreza e desamparo com o aumento escorchante da carga tributária e o desvio de dinheiro público para finalidades espúrias. Dizia-se o único capaz de criar 10 milhões de empregos e não criou nem um terço disso. Dizia que iria acabar com a fome - não apenas no Brasil, mas no mundo! - e nada fez para isso a não ser discursos, bravatas e muitas viagens. Dizia ter amor aos princípios democráticos e outra coisa não faz senão dar apoio a tresloucados comunistas, como Chávez e Fidel, em perfeita consonância com os ditames do Foro de São Paulo, criado pelos próprios petistas em conluio com esses mesmos tresloucados com o fito de expandir a ditadura comunista no continente sul-americano, o que já está sendo quase atingido com a eleição de outros comunistas na América Latina, fato que só se tornou possível graças à estrita observância das diretrizes estratégicas deliberadas naquele Foro. Ou não foi exatamente tudo isso (e muito mais) que aconteceu e anda acontecendo?
A atitude dos petistas nada mais é do que a colocação em prática de uma série de empulhações que há séculos são vendidas como se verdades fossem, e que espantosamente têm enfeitiçado as mentes de brasileiros dos mais variados matizes culturais.

Mas os socialistas de plantão que se cuidem. Porque não é possível que um dia o povo não abra o olho e não se canse de acreditar em mentirosos e em promessas inviáveis. Muita gente já anda dizendo que quer mais, muito mais do que meros discursos de encantamento e palavras de ordem. Quer desenvolvimento, crescimento econômico e social, ao invés da escravização pelos senhores do poder.

O socialismo morreu de desonra. É preciso sepultá-lo com urgência, antes que seus gases fétidos contaminem mais uma geração com suas idéias inconsistentes e malignas.


NOTAS:

(1) Paul Johnson, Os Intelectuais, Imago, 1990.

(2) V. Rigoberta Menchú, embustera, artigo de David Horowitz, traduzido para o espanhol.

(3) A biografia falsificada de Rigoberta Menchú foi escrita pela esquerdista Elisabeth Burgos-Debray, esposa do marxista francês Régis Debray.


Nota do Editor: Marli Nogueira é Juíza do Trabalho em Brasília.

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