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SEÇÃO
Crônicas
01/04/2018 - 06h50
Galinho
Dartagnan Ferraz
 

Hoje a iniciação sexual dos jovens começa muito cedo e é encarada como algo natural, não tem mistério, dificuldade, nenhum grilo, a única recomendação é que se use camisinha. E priu.

No passado era diferente, não havia essa abertura de hoje, o sexo não era poesia e nem carnaval, como diz Rita Lee, era pecado, os religiosos, a maioria santinhos do pau oco, diziam que sexo só para procriação. Um horror. Mas por debaixo dos panos os beatos e beatas pecavam paca.

É claro que o desejo sexual sempre existiu e sempre foi indomável. Mesmo com reza, retaliação, terrorismo (os religiosos diziam aos jovens que quem se masturbasse ia pras profundas dos infernos e que se masturbar tirava a memória). Era pecado mortal. Mas o desejo sexual, apesar desse terrorismo, era irrefreável. Que faziam os jovens? Ficavam imaginando, brechando coxas das mocinhas, das mulheres bonitas, depois recorrendo à masturbação. Havia, pasme, os que recorriam a jumentas e outros bichos, até frutas e outros objetos macios. Juro.

Mas quando o carinha já tinha recorrido a todo tipo de fantasia e até a madame Marta Rocha, era uma jumenta mansinha que pastava perto de um barreiro, e mesmo assim queria porque queria fazer sexo com uma mulher, e ficava nervoso, as espinhas pipocando no rosto, então o pai, um tio, um parente levava ele para uma profissional fazer a iniciação, chamavam descabaçar. Um grande amigo meu quis pirar e aí o padrinho dele levou o distinto para o seu chamego, uma profissional de confiança que atendia a freguesia não na zona, mas em casa. Era bonitona, mas muito gaiata.

Bom, lá chegando, depois das apresentações, ela estava com uma colega, foi para o quarto realizar a tarefa. Depois de alguns minutos, o padrinho estava esperando tomando um cafezinho feito pela outra profissional, a dona que estava com o rapaz gritou: - Fulano, o teu afilhado é muito avexado, melou-se todinho antes de tirar a cueca. Parece inté um galinho!". Como se sabe a trepada do galo é vapt-vupt. Falhou a primeira tentativa. Mas a danada da colega da profissional espalhou o fato e foi aquela gozação na cidade, o meu amigo ganhou um apelido que o persegue até hoje: Galinho. Mas depois desasnou e não teve mais problemas, acabou-se as espinhas. O pecado curou. Inté.

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