Diante dos males que corroem a vida estúpida de um indivíduo que quer sobrepor à imagem do seu criador, há o destaque para a sua grotesca ação em querer dar fim a vida de outrem. Todos os dias, nos principais veículos de comunicação, isso tem sido pauta constante. Do embrião que está no ventre de sua mãe ao mais politizado, ninguém escapa desta barbárie desenfreada que toma conta da cidade “Paris dos Trópicos”, parafraseando os literários do período Pré-modernista. É de enojar a forma que esses maquiavélicos tratam o principal elemento de uma sociedade – O SER HUMANO. Esse que sacrifica a vida de muitos inofensivos sem precedente, não os eliminam somente do ceio de sua família, porém provoca indiretamente inúmeras reações negativas da parte desses enlutados. Da dor física à dor socioemocional, nasce o desejo de vingança em prol daqueles que foram vitimados sem nenhuma causa. Mas pera aí, estamos falando de quem? Do mocinho ou daquele que vive à margem da sociedade? A resposta mais coerente para tais indagações, sem sombra de dúvida, é o silêncio de muitas famílias que aguardam, ansiosamente, uma resposta da parte do Chefe de Estado. Isso mesmo, são eles que promovem (ou deveriam promover) a tal “paz” no mundo, sem aplicação nenhuma da justiça imparcial. Na maioria das vezes, é por meio deles que ocorrem a sangria desembestada. Quanto ao povo resta acreditar que um dia, não sabemos quando, ou qual paliativo vão inventar, que essa falta de sensatez desses monstros caracterizados de humanos vai acabar. A única certeza que temos, infelizmente, é que muitos suspiraram pela última vez. E tais murmúrios, não foram ouvidos até o desfecho deste texto. Mas ontem, na travessia da ponte, ouvi uma senhora dialogando com um jovem. Dentre muitos assuntos, ela o questionava sobre a desmoralização que o estado tem feito com os seus habitantes. E o jovem, altamente inocente no que tange à leitura de mundo, a indagou: “De onde vem tais lamentos? Da criança indefesa? Do jovem estudante? Do negro? Do branco? Do trabalhador? Da mulher grávida? Dos culpados? Dos inocentes? Da classe burguesa? Da classe proletária. Mas como isso ocorreu? Foi assalto? Bala perdida? Bala achada, mas quando foi que ocorreu tal (tais) fato (s)? Anteontem? Ontem? Hoje? Foi aqui mesmo, na cidade maravilhosa? E a Intervenção Federal, não interveio; mas tem alguém que o cidadão legítimo possa recorrer?”. Ouço sussurro de todos que vivem neste mundo, em especial aos que vivem na cidade do Rio de Janeiro, daqueles que já foram alvejados, e dos que ainda aguardam a sua vez. A pergunta que todo brasileiro gostaria de fazer: De quem será o último suspiro? Nota do Editor: Leandro Silva (prof.leandrosilva23@yahoo.com.br) é professor, especialista em Gestão Escolar e Coordenador do Colégio Frônesis Christian School.
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