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Opinião
12/05/2018 - 08h55
Dia das Mães: por filhos mais saudáveis
Denise de Augustinis Noronha Hernandez
 

Neste segundo domingo de maio é celebrado o Dia das Mães. Na ocasião, a figura materna recebe todas as homenagens por sua plena dedicação na complexa, mas mágica tarefa de educar seus filhos e os formarem bons cidadãos. O momento também é oportuno para exaltar um ato que nem sempre recebe merecido destaque, mas que representa a primeira grande ação de amor e de saúde para o bebê: a amamentação.

Estima-se que em todo o mundo, somente 40% dos bebês são alimentados exclusivamente com leite materno e em livre demanda até os seis meses de vida, como indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A meta global é ampliar esse índice para 50%. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 41% das mães praticam esse tipo de alimentação com seus filhos. Apesar de ser o dobro da taxa registrada em países como os Estados Unidos, China e Reino Unido, ainda é considerada baixa. A falta de informação é um dos principais fatores que explicam o índice insuficiente.

Se a divulgação do poder existente na amamentação não é realizada de modo que a informação alcance todos os lares e mães, sob o aspecto da ciência, os benefícios desse tipo de alimentação, considerado o mais completo e equilibrado do ponto de vista nutricional para o bebê, são inquestionáveis. Estudos conduzidos tanto dentro quanto fora do Brasil identificaram que a amamentação está diretamente ligada à redução de óbitos de bebês. O aleitamento também influencia no melhor desenvolvimento emocional, cognitivo e intelectual da criança, ajuda a reduzir a probabilidade do desenvolvimento de doenças como diabetes, infecções respiratórias, do trato urinário e por parasitas, além de reduzir número de casos de desnutrição, diarreia e até de cáries, entre tantos outros benefícios.

Para as mães, também há diversas vantagens. O ato de amamentar reduz riscos de hemorragia e de anemia no pós-parto, diminui a possibilidade de câncer de útero e ovário após a menopausa, bem como de doenças cardíacas e diabetes. Isso, sem deixar de destacar o aumento da autoconfiança, da autoestima e da melhor adaptação ao bebê.

Tais benefícios são explicados pela composição do leite materno. Ele possui cerca de 250 componentes que agem com ações anti-inflamatórias, bactericidas e protetoras. Rico em proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê, ele também contém anticorpos, que atuam como um verdadeiro escudo contra diversos tipos de doenças e infecções.

As mães precisam ter mais acesso a essas informações. Devem saber as vantagens, os benefícios da escolha pela amamentação, bem como os riscos e desvantagens ligados a escolha de outro tipo de alimentação para seus filhos que não o leite materno.

Para isso acontecer, é fundamental o trabalho de políticas públicas. Um exemplo é o Agosto Dourado, instituído no ano passado com o objetivo de promover em todo o país, durante o mês, campanhas de promoção e esclarecimentos a respeito da amamentação. Vale lembrar que no mesmo período também acontece em mais de 120 países a Semana Mundial de Aleitamento Materno, com a mesma missão de conscientização.

Com mais acesso às informações, não há dúvidas de que conseguiremos aumentar o índice de mães que amamentam, alcançando a taxa mínima indicada pela OMS.

Antes, porém, de aguardar a chegada do Mês Dourado, que possamos usar esse Dia das Mães também como oportunidade de difusão da importância que o leite materno tem no desenvolvimento de crianças bem como de mães mais saudáveis. A informação, então, vem como grande homenagem nesse dia mais que especial. Os pequenos e elas merecem!


Nota do Editor: Denise de Augustinis Noronha Hernandez é presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região SP/MS (CRN-3).

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