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Opinião
06/06/2018 - 06h47
Copa, arraiais e o governo acabado
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

No próximo dia 17, quando o Brasil estréia na Copa do Mundo de Futebol, encerra-se na prática o governo do presidente Michel Temer. Mas, o final do período produtivo acaba antes, nas festas juninas. No Nordeste, especialmente, esses eventos populares são o máximo da mobilização e todo político que se preza e quer continuar a carreira não pode faltar. Daí a expectativa de Brasília ficar deserta já na próxima semana, por conta da festa de Santo Antônio, o primeiro do tríduo junino. Em vez de estarem no plenário discutindo ou até apresentando projetos, os parlamentares vão aos arraiais em busca de voto. E dificilmente voltarão à capital, pois também vão participar das alegrias (ou tristezas) do seu eleitor com a Seleção. Ganhem ou percam os comandados de Tite, a presença nesse momento também pode se traduzir em voto.

Terminada a Copa, no dia 15 de julho, os deputados e senadores estarão em férias, no recesso de meio de ano. No mês de agosto, quando deveriam voltar ao trabalho, se ocuparão das convenções partidárias e as sessões legislativas não terão suas presenças, pois a maioria estará em conchavos e campanha nas bases. Isso se prolongará até 28 de outubro, dia do segundo turno nas eleições para o Executivo. Mesmo tendo sido eleitos (ou perdido as eleições) em 7 de outubro, os suas excelências passarão todo o mês ocupadas com as disputas do segundo turno para presidente da República e governador dos estados. Para eleger-se em primeiro turno, presidente e governador têm de somar mais de 50% dos votos válidos, algo improvável num momento de crise e indefinição como vivemos.

O presidente Michel Temer, que não conseguiu votar no Congresso a reforma da previdência e obteve muito pouco da trabalhista, agora prega a privatização da Eletrobras. Não logrará nem incluir a matéria nas pautas de discussão, porque não haverá no Congresso quem discuta o tema. Todos estarão cuidando do próximo mandato e se esforçando para fazer parte dele. Os candidatos à presidência também voam com propostas desencontradas, que pouco mobilizam o interesse do eleitor. Diferente das passadas, as próximas eleições terão muitas incertezas para cada um definir seu voto. E o pior é que o Brasil, mais do que nunca, precisa encontrar um novo caminho e, através dele, alcançar as reformas que o torne viável e menos desigual para seus cidadãos. Espera-se que, até 31 de dezembro, Temer e sua equipe consigam, pelo menos, manter a máquina em funcionamento...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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