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Opinião
22/06/2018 - 07h07
A crucial preservação do Judiciário
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O jogo bruto da política e do poder expõe hoje o brasileiro ao mau humor que classifica os políticos genericamente como ladrões e questiona tudo aquilo que não vai de encontro às opiniões, arrazoadas ou sem razão alguma, formadas sobre as coisas e fatos. O certo é que temos figuras importantes recolhidas ao cárcere, inclusive um ex-presidente da República, e centenas de políticos de alto escalão estão enredados com a Justiça em razão de comportamentos tidos como inadequados. É a sociedade buscando a depuração e o encontro do caminho mais justo e possível rumo ao bem-estar geral.

O cidadão comum, eleitor que será chamado a eleger, em outubro, os novos governantes e parlamentares federais e estaduais, é hoje impiedosamente bombardeado por informações exageradas, campanhas, mentiras e mistificações utilizadas pelos grupos de pressão para impor suas idéias e interesses. Critica-se e aplaude-se ao mesmo tempo a Lava Jato, o Governo, os partidos políticos e seus representantes, ao sabor dos interesses de quem emite as opiniões. Todos são classificados como inocentes ou culpados, dependendo de quem fala. Investe-se na quebra institucional e em outros radicalismos. Até a Justiça, em suas manifestações, é atacada e colocada sob suspeição.

A absolvição da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal, cai como uma poderosa bomba incendiária. Petistas festejam e a têm como prenúncio de uma possível libertação de Lula no julgamento de recursos, pela mesma turma, na sessão marcada para o próximo dia 26. Os contrários insinuam o comprometimento dos ministros, numa demonstração do nível de radicalização e intolerância reinante.

Independente do que decidiram os ministros em relação a Gleisi e o que farão quanto a Lula e a tantos outros que passarão pelo crivo judicial, o importante é que os próprios magistrados e a sociedade não percam de vista a grande função da Justiça na busca isenta da verdade e da razoabilidade. A figura simbólica da deusa de olhos vendados deve prevalecer em relação ao nome dos envolvidos para que seu poder dirimidor esteja inteiramente focado no fato ou tipo cível ou criminal em julgamento. A sociedade tem de lutar para que sua Justiça jamais deixe de punir os culpados mas, de outro lado, nunca puna os inocentes. É aí que reside a segurança jurídica de todos os indivíduos, acima de ideologia, paixão, raça, nível econômico ou qualquer outra diversidade.

Nesses tempos bicudos, todos os brasileiros e, principalmente os membros da própria instituição, têm de preservar o equilíbrio e a independência do Judiciário. Ela é o último bastião a sustentar nossas instituições. Se perder essa condição, o caos estará instalado...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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