A lua ainda era visível no céu quando ele saiu de casa. Os bois que ruminavam ali por perto, o observaram sem curiosidade. Aquela cena rotineira se repetia de segunda a sábado. Vaga-lumes voando em bando emprestavam a sua luminosidade. Levando a enxada às costas o homem seguia tranquilo. Acostumado, sem medo e sem pensamentos. Era preciso começar a carpir cedo, o sol forte daquela época do ano dificultaria o serviço. O milharal agitou suas folhas verdes molhadas de orvalho quando ele se aproximou, tal qual uma saudação de bom dia. Eram sete e meia da manhã quando ele retornou à casa para a primeira alimentação do dia. Já cuidara e ordenhara o gado. Os cães vinham a sua frente fazendo algazarra. Entendiam que enquanto o dono estivesse ocupado na residência, lá fora eles estavam livres para brincar e dormitar ao sol.
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