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SEÇÃO
Crônicas
24/06/2018 - 07h09
Escrever descomplicado
Dartagnan Ferraz
 

Quem escreve, sejamos francos, deseja ser lido. Até quem escreve uma carta, coloca-a dentro de uma garrafa e joga no mar, deseja que alguém ache a garrafa, abra e leia o que escreveu. Quando a gente escreve e não quer ser lido, escreve apenas um diário, né mesmo?

Bom, dito isso, o que desejo afirmar é que devemos entender que mesmo desejando ser lidos, isso pode não acontecer. Depende tudo de Sua Excelência, o leitor. Ele é quem decide o que quer ou não quer ler. Mais: ele tem o sagrado direito de ler e não gostar; de não gostar e explicitar que não gostou; de fazer correções, de protestar e o escambau. Só uma coisa o leitor não tem direito: de menosprezar, humilhar, pichar e agredir quem escreveu o texto. Trocando em miúdos: quem escreve pode ou não ser lido, e se for lido pode ser contestado ou... elogiado. Quem escreve se desnuda, se expõe, se revela e deseja de certa forma ser julgado pelos leitores.

Outro ponto, quem escreve não pode e não deve escrever se dirigindo apenas a determinado público. Exemplo: se quem escreve é médico ele não deve se cingir apenas aos temas médicos. É apenas um exemplo, nada tenho contra os médicos, até tenho uma filha médica. O que acho é que a escrita, principalmente a arte da crônica tem que abranger tudo, tem que variar, não pode ser samba de uma nota só.

O que estou também querendo deixar claro é que não se deve elitizar a escrita, sapecando pretensão, altos conhecimentos, ensinando, querendo bancar o bambambão, se amostrando... Nem escolhendo palavras e expressões que o leitor precise consultar dicionários e enciclopédias. Lembrem-se que os maiores escritores, romancistas, contistas e cronistas, caso de Machado de Assis, Graciliano Ramos e Rubens Braga detestavam escrita pretensiosa e difícil.

No mais, não tenho nada contra quem opta por escrever difícil, banca o oráculo e é pretensioso. Como um véio iletrado e mero escrevinhador iria contestar uma sumidade... Nada contra. Inté.

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