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Opinião
01/07/2018 - 08h07
Redução da criminalidade: ainda há muito a fazer
Mauricio Freire
 

O Estado de São Paulo reduziu em maio a quantidade de casos e vítimas de homicídios dolosos e de latrocínios, em comparação com o mesmo mês de 2017, segundo os mais recentes dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. As ocorrências de homicídio doloso recuaram 7,4% no quinto mês do ano. O total passou de 258 para 239. É a primeira vez que um mês de maio fica abaixo de 250 boletins de ocorrência.

Houve ainda uma tendência de queda no roubo de cargas. Os números tiveram redução de 32,5%, caindo de 493 para 333 ocorrências em maio deste ano, ou seja, menos 160 casos. É o menor número para o mês desde 2006. Já nos furtos de veículos o recuo foi de 14,5% em maio. Foram 3.322 no quinto mês deste ano, contra 3.886 em igual período de 2017 – 564 a menos. É o menor número da série histórica. Mas, para se alcançar uma melhora do desempenho da atividade policial será preciso ainda que o governo de São Paulo faça um investimento muito maior em estrutura, em pessoal e no compartilhamento de inteligência.

Por outro lado, o que chama a atenção é o crescimento do número de casos de estupro em todo o Estado. Essas ocorrências tiveram aumento de 9,9%, com 1.036 boletins registrados. É o oitavo mês seguido de alta desse tipo de crime. No acumulado de janeiro a maio a alta é ainda maior: são 5.212 casos contra 4.485 no acumulado de 2017 no mesmo período, um aumento de 16,2%. Essa alta se deve a impunidade dos criminosos e falhas no cumprimento da pena, a ausência de um maior policiamento preventivo e a falta de esclarecimento nos inquéritos.

Intensificar o trabalho de investigação na apuração dos casos de violência doméstica pode ajudar a reduzir a ocorrência de novos episódios de estupro. É sabido que na maioria dos casos os autores têm proximidade com a vítima. Mas o combate a esses crimes exige a aplicação de todo rigor das penas previstas na lei. Já em alguns casos identificados como conflitos familiares poderia existir a aplicação de punições alternativas,como, por exemplo, a prestação de serviços à comunidade. De todo jeito é preciso urgentemente que se acabe com toda e qualquer possibilidade de impunidade.


Nota do Editor: Mauricio Freire é delegado de Polícia desde 1982, em exercício na Divisão de Operações Especiais do DEIC. É especialista em armamentos e instrutor de tiro da SWAT (Miami). Criou e treinou a maioria dos Grupos Operacionais da Polícia no País, como o COTE, o Tigre, GER, SOE, GARRA, SAT, CORE. Foi Delegado Titular da 1ª Delegacia de Proteção a Autoridades, Dignitários e Representantes Consulares. Foi Delegado-Geral de Polícia (2007-2009).

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