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Opinião
07/07/2005 - 15h41
Sílvio Santos vem aí!
Heitor De Paola - MSM
 

Alô Lombardi, QUEM QUER DINHEIRO? QUEM QUER DINHEIRO?

Roberto Irineu quer dinheiro? Tem! Aluízio Maranhão quer dinheiro? Tem! Está bem, aqui tem mas livrem-se do chato que diz verdades que contrariam os interesses do patrocinador!

Ontem teve festa no arraiá da Rua Irineu Marinho (que deve estar se contorcendo de vergonha no túmulo!), todos felizes com a solução de um problema que funcionava como um abscesso dentário que latejava todos os sábados na página de "Opinião". Extraído o dente, veio o alívio! Empreguinhos garantidos por mais algum tempo.

Nisto se resume a covarde demissão sumária de Olavo de Carvalho d’O Globo, no dia 4 de julho. A data é sugestiva, pois dará a Olavo maior independência mas não serve de desculpa para a torpeza e vileza do ato. A alegação foi "corte de despesas". Mentira, foi manutenção de receita, receita vital para manter as Organizações Globo funcionando com o queixo fora d’água, se tanto, receita que o governo petista tem sabido usar muito bem - via Gushiken e a excrescência que atende pela sigla BNDES - para manter a mídia chantageada e submissa.

A Direção das Organizações Globo, sem a competência e hombridade que caracterizaram o fundador Irineu e seu filho Roberto, optou pelo caminho mais fácil: endividar-se com o Governo para pagar os vultuosos empréstimos no exterior para financiar o PROJAC que Roberto não teve tempo para pagar honestamente, o que certamente faria, vivo fosse. Pois, além da dívida, ainda é preciso manter uma suntuosa estrutura com inúmeras atrizezinhas e atorezinhos ocos protagonizando historinhas bobas e humor sem graça.

Não acredito em explicações ideológicas pois se O Globo fosse comprometido ideologicamente com o PT ou com as esquerdas em geral, jamais teria contratado Olavo e seu companheiro de sábados, Don Eugênio Sales - única voz digna que resta no outrora grande jornal de memorável história, hoje transformado num pasquim abjeto. Os Editores do Pravda, do Isvesztia, ou do Völkischer Beobachter, ao menos tinham alguma ideologia a defender, por malsã que fosse.

Já ouvi do amigo e grande jornalista Nahum Sirotsky inúmeras histórias de quando era um foca e trabalhava duro com Roberto Marinho a qualquer hora do dia ou da noite. De como os focas e os mais antigos se sentiam seguros, não por dinheiro - que às vezes nem era muito - mas pela firmeza do chefe com quem sabiam que podiam contar para as mais arriscadas tarefas. E como eram arriscadas naqueles tempos conturbados e da ditadura Vargas. Ao comparar aqueles tempos heróicos do jornalismo investigativo que realmente investigava, com o dia 04 de julho dá muita tristeza de ver como está acabado o sonho de Roberto, Condessa Carneiro, Otto Maria Carpeaux, Gustavo Corção, Alceu Amoroso Lima, Sergio Porto. Paro a lista porque é melhor cometer muitas injustiças do que poucas.

No sábado passado Merval Pereira tocou um ponto proibido que vem sendo denunciado por Olavo há quinze anos: o Foro de São Paulo, o que motivou inclusive uma carta elogiosa de minha autoria - que obviamente não foi publicada nem respondida pelo próprio, pois pus à sua disposição os documentos deste site. É difícil aceitar que a demissão de Olavo tenha sido mera coincidência e não decorrência desta lancetagem do tumor, pois enquanto um jornalista "de direita" escreve sobre o tema, tudo bem, são "paranóias olavianas". Mas quando um jornalista não comprometido começa a fazê-lo, soa o alarme. Fica provado que pode-se discutir até a cor das cuecas do Genoíno mas o Foro de São Paulo tem que permanecer dissimulado sob o manto do silêncio. Fica provado também, que o Deputado Roberto Jefferson tinha razão ao dizer que ouvira do José Dirceu: "a Globo eu controlo!"

Para me desqualificar, alguns irão dizer que eu escrevi estas palavras porque sou "Olavete" ou "Viúva do Olavo" etc. Afora o aspecto sexual que repasso àqueles que não honram suas calças, tenho sim, muito orgulho em ter passado ao longo desses últimos anos de discípulo, a amigo do Olavo. Mas isto não invalida nada do que eu disse pois perdem muito mais os leitores d’O Globo do que o Olavo, que não "quer dinheiro" às custas da honradez.


Nota do Editor: Heitor De Paola é Médico Psiquiatra e Psicanalista no Rio de Janeiro. Membro da International Psychoanalytical Association e Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, e Delegado Internacional no Brasil do Drug Watch International. Possui trabalhos publicados no Brasil e exterior.

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