Muitos dizem que está faltando emprego. Outro dia, numa lanchonete, eu observei as atitudes da atendente recém admitida. - Um encarregado se esforçava para ensinar o que ela teria que fazer. A moça ficava um minuto olhando e, na primeira oportunidade, mirava quem passava na calçada ou queria ver quem dirigia o carro que acabara de buzinar. Daí voltava a fingir que estava prestando atenção. Não é a primeira vez que observo cenas assim.

Até comecei a bolar umas quadras:

Eu não quero aprender,
sempre faço que não vi,
se aprender terei que fazer,
eu folgada sempre vivi.

Quero só pensar em nada,
pra que vou trabalhar?
Xô pra esta vida danada,
quero ver o mundo se acabar.

E voltando à lanchonete, como é difícil encontrar alguém que queira trabalhar! Procuram emprego, são admitidas(os), pouco fazem, mas não vêem a hora de chegar o dia em que irão receber o pagamento do mês. Uma pergunta fica no ar: Será que fizeram por merecer? - Mas, SE o dono da lanchonete os dispensar, irão contar a sua família e colegas, que o empregador era um carrasco, e queria tirar o seu sangue e muito ganhar às suas custas.