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Opinião
06/07/2018 - 08h49
O perigo da eleição do `não voto´
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

A três meses das eleições, o maior percentual apurado nas pesquisas é o de “não voto”, ou nulos e brancos, que chegam a 42%. Os dois mais extremados postulantes à presidência da República – Jair Bolsonaro e Ciro Gomes – estão em segundo e terceiro lugares, com 18% e 12%, respectivamente, e os restantes não passam da casa de um dígito, sendo que alguns nem saíram do zero. A soma dos dois primeiros, que iriam para o segundo turno se as eleições fossem hoje, é de 30% e, para bater os brancos e nulos, precisaria a ela se adicionar também as intenções de voto do terceiro e do quarto colocados. O quadro aponta para um desastre eleitoral com o risco do eleito, qualquer que seja, não representar e nem merecer o respeito de parcela majoritária do eleitorado, que representa a população.

A classe política, se pretende sobreviver, precisa buscar alguma forma de motivar o eleitorado que, bombardeado pela crise e por múltiplas revelações das falcatruas cometidas nos escaninhos do poder, caiu no desencanto e, erroneamente, opta por não participar. Não sabe que a legislação eleitoral, habilmente elaborada pelos políticos, diretos interessados nos resultados, ignora completamente o protesto dos que decidem não votar, anular ou votar em branco. Essa manifestação de repúdio em nada interfere no resultado final porque o legislador brasileiro escolheu validar as eleições apenas com a soma e os quocientes daqueles que comparecem e às urnas e votam, mesmo que isso leve a governos fracos e não representativos. Em sendo obrigatório o voto, o ideal seria que os quocientes levassem em conta também as abstenções, os nulos e os brancos, mas isso não interessa aos que têm o privilégio de fazer ou votar as leis e, evidentemente, sempre buscam a reeleição.

É preciso considerar que o país está saindo da grave crise que sobre nós se abateu nos últimos três anos e, segundo especialistas, foi pior que os danos vividos pelo Brasil na grave crise mundial de 1929. O momento requer um governo sério e com credibilidade tanto interna quanto externa. Se tivermos à frente do país alguém não confiável, o investidor estrangeiro, de quem dependemos, não enviará o seu dinheiro para cá e até os brasileiros continuarão colocando seus recursos no Paraguai, na China e em outros mercados mais atrativos. É imperativo convencer o eleitor de que a ausência e os votos nulos ou brancos servirão apenas para potencializar a crise e o sofrimento do povo. Essa é a tarefa que a classe política e especialmente os pré-candidatos têm para o momento. Quem se apresentou e não decolou nas pesquisas, tem o dever de escolher o pretendente que mais se assemelhe às suas propostas e com ele somar em busca de um Brasil melhor...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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