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Opinião
27/07/2018 - 06h49
A busca do vice ideal
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Pelo menos dois candidatos - Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) - estão em dificuldade para definir os candidatos a vice em suas chapas. O primeiro vê fazer água o seu acordo com o empresário Josué Gomes, filho do vice de Lula, e o segundo já teve pelo menos três nomes dados como certos e não confirmados. Os partidos têm pouco tempo (até 5 de agosto) para fechar suas chapas, que deverão ser registradas até o dia 15. O vice, embora seja posto de expectativa de substituição do titular, é importante justamente pelo destino dos eleitos. A história republicana registra oito vice-presidentes que governaram o país, inclusive o atual, Michel Temer.

O primeiro vice-presidente após a proclamação da República, Floriano Peixoto, assumiu em 23 de novembro de 1891, quando o presidente Deodoro da Fonseca foi obrigado a renunciar. Nilo Peçanha tomou posse em 14 de junho de 1909, na morte do presidente Afonso Pena. Delfim Moreira assumiu no dia 15 de novembro de 1918 em lugar do presidente Rodrigues Alves, acometido pela tuberculose, que o mataria em 16 de janeiro. Café Filho sucedeu Getúlio Vargas, no seu suicídio, em 24 de agosto de 1954. João Goulart assumiu em 7 de setembro de 1961, em lugar de Janio Quadros, que renunciou. José Sarney tomou posse, em 15 de março de 1985, substituindo Tancredo Neves, internado na véspera, que morreria a 21 de abril. Itamar Franco assumiu em 29 de dezembro de 1992, em razão de impeachment de Fernando Collor, e Michel Temer, no dia 31 de agosto de 2016, no afastamento de Dilma Rousseff. Há, também, o caso de Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, que deveria ter assumido em agosto de 1969, quando o presidente sofreu uma inabilitante trombose cerebral, mas foi impedido, assumindo o governo uma junta militar.

Esses e outros episódios na história dos vice-presidentes demonstram a importância do posto no ordenamento institucional brasileiro. Escolher um bom vice é tão importante quanto a definição do presidente, pois o vice poderá substituí-lo, até definitivamente. O ideal seria que do grande número de pré-candidatos à presidência saíssem também os postulantes a vice. Esse é o momento dos que não vislumbram a possibilidade de passar ao segundo turno comporem com o concorrente viável mais alinhado aos seus ideais. O reconhecimento da própria inviabilidade poderá ser um importante instrumento para ajudar o país na busca do governante representativo. Como alguém que também poderá governar, o bom é que o vice-presidente também tenha capital eleitoral para oferecer à chapa em disputa...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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