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Opinião
29/07/2018 - 06h35
O Brasil no divã
Montserrat Martins
 

Muito se fala em crise, mas pouco se avalia o papel do psiquismo social no mercado. Especialistas já disseram que Economia é comportamento e isso se constata quando o pessimismo favorece a recessão, ou o otimismo motiva investimentos.

Na vida social, ou pessoal, tudo tem resultados econômicos. Se você brincou de faroeste na infância, já caiu dramaticamente simulando um tiro. Se você for jogador de futebol e fizer isso numa Copa do Mundo, as pessoas vão achar engraçado, mas você perde “valor de mercado” - até adotar algum novo comportamento capaz de reverter a situação, pelo menos.

A crise brasileira vai muito além dos números do desemprego ou da estagnação econômica, é antes de tudo uma crise de confiança e de autoestima, sem as quais ninguém se anima a investir no país - nem o mercado internacional, nem nós mesmos.

Virou moda achincalhar o país, nas redes sociais, enquanto se enaltecem os países “civilizados”. Se pararmos para pensar, nunca demos passos tão consistentes para a civilização, encarando de frente males crônicos até então nunca enfrentados. A Polícia Federal, o Ministério Público, a PGU, cumprem seus papéis institucionais de modo republicano, independente de governos, partidos ou poder econômico. A sociedade civil também se mostra mais vigorosa, seja através do empreendedorismo, de ONGs ou de expressão de opinião pública, não fugindo a nenhuma questão espinhosa ou polêmica.

Não é tarefa fácil, muito menos agradável, corrigir rumos herdados do Brasil Colonial, como o patrimonialismo descrito por Raimundo Faoro em obras como “A República Inacabada”, onde os governos se comportam como donos do Estado, da sociedade, do país, ao invés de servidores públicos.

Nessa dolorosa tarefa de “passar o Brasil a limpo”, com noticiários eivados de corrupção, de falcatruas por todos os lados, a população vem perdendo esperanças ao invés de renová-las, pois desistir do país agora é “jogar a criança fora, junto com a água do banho”, como diz o dito popular.

A difícil arte de encarar abertamente nossas mazelas, sem perder a noção dos nossos imensos patrimônios territoriais, ambientais, socioculturais e potencialidades econômicas, é o desafio do momento. Que o nosso olhar possa recuperar a visão mais ampla, não só dos imensos problemas, mas também dos tesouros que herdamos.


Nota do Editor: Montserrat Martins, Colunista do EcoDebate, é Psiquiatra, autor de “Em busca da alma do Brasil”. Fonte: Portal EcoDebate (www.ecodebate.com.br)

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