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SEÇÃO
Crônicas
17/08/2018 - 07h11
A capacidade de entender
Maria Cândida Vieira
 

Na atualidade, temos a impressão de que as pessoas educadas costumam ser erradamente interpretadas, principalmente quando tentam dizer algo nas entrelinhas. Chegamos a pensar que grande parte da humanidade perdeu a capacidade de entender as mensagens que não se dizem diretamente e que não entendem quando alguém educado quer dizer, com muita sutileza: "não se meta na minha vida"; "não quero conversar"; "não é da sua conta." O problema de tentarmos recusar algo com educação é que confundem gentileza com ser indeciso, não ter vontade nem opinião própria e chegam a nos pressionar, desrespeitando nossa liberdade de escolha ou de ficar sozinhos e sossegados, avançando até que se chega ao limite do insuportável. E há pessoas que são tão intrometidas e desatentas aos sinais sutis que damos para dizer que não queremos algo que só chegamos a uma conclusão: elas só entendem quem age com ignorância, dizendo logo: "vá para o inferno, eu não quero!"

Analisemos bem: se você insiste para alguém ir a um lugar ou participar de algo e esse alguém ficar dando mil desculpas para não ir, a mensagem que essa pessoa quer transmitir é a seguinte: "eu não quero ir, não quero fazer isso", porque a verdade é que ela não quer ser mal-educada e dizer diretamente que não quer! O problema é que muitas pessoas são tão mal-educadas e desatentas que não percebem que estão avançando o sinal e continuam insistindo e, como até a pessoa mais educada tem seu limite, ela poderá explodir. E o intrometido, que não entendeu que ele é que estava sendo mal-educado e inconveniente, reclama do descontrole da pessoa.

Outra coisa chata é quando estamos lendo ou ouvindo música e um intrometido começa a conversar. A pessoa que está ouvindo música, por exemplo, não quer conversar. Ela quer ouvir música. Se você fica tagarelando e a pessoa fala: "eu quero ouvir música", entenda logo que ela quer dizer: "eu não quero conversar, respeite-me!"

Mas hoje em dia as pessoas se sentem no direito de não respeitar o espaço alheio e agem de forma inconveniente, provocando a raiva de quem tenta, de todas as formas, pedir para que elas o deixem em paz.

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