Sou completamente mobral em psicologia, psicanálise e todo tipo de ciência. Sou tão primário que nunca li um livro sobre psicologia. Juro. Mas como leio muito romances e outros livros, além de todo tipo de jornais e revistas, não raro ouso meter o bedelho em assuntos relacionados com a psicologia e a psicanálise. Coisa de véio enxerido e pretensioso. Babaquice. Vejam bem, eu não acredito, de jeito nenhum, que haja alguém absolutamente normal. Não pode, só se fosse um robô. Todo mundo, sejamos francos, possui a sua porção doidice (desculpem o termo), neurose, manias, tocs e o escambau de superstições e desiquilíbrios, coisa pequena mais possuem. Eu sou um cara velho e não conheço ninguém que não tenha uma mania, um toquezinho, uma superstição... Deve ser porque não conheço nenhum santo e nenhum humano robô. Não, não conheço ninguém absolutamente normal. Ora, o absolutamente normal é infenso a sentimentos, é racional em tudo, é perfeito. Esse cara ou essa cara não existe. Se existir é assombração. Tudo bem, sei que sou um semianalfabeto na matéria psicologia/psicanálise, mas duvido que alguém me aponte um ser humano absolutamente normal. Dia desses estava numa roda com várias pessoas e um sujeitinho de oclinho fundo de garrafa começou a falar num tal super homem da filosofia que seria alguém superior e totalmente normal. Nem quis ouvir o argumento do carinha, disse na cara dele: - Superior e totalmente normal uma ova. Mudaram de assunto, começaram a malhar a Seleção. Inté.
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