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Opinião
03/09/2018 - 07h02
A derrocada do ensino médio
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O resultado do Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico), que acaba de ser divulgado, é um libelo sobre as políticas educacionais. Não obstante o avanço tecnológico, mais de 70% dos alunos terminam o segundo grau insuficientes em português e matemática. Resultado pior do que os auferidos há 20 anos. O consolo é que no ensino fundamental a insuficiência é menor. O governo atual e os que o sucederem têm o dever de reverter a curva negativa para que os concluintes – todos na faixa crítica de se definirem profissionalmente – tenham a competência que o mercado exige e não sejam, por falta de oportunidade, presas fáceis do crime organizado.

Historicamente, as famílias e a sociedade brasileira não conseguem informar suas crianças e jovens sobre a real necessidade da educação. Pais e mães sem informação e escolas despreparadas, são incapazes de fazer o jovem entender que sem estudar devidamente estará alijado das oportunidades e será fatalmente levado a uma vida de dificuldades e até miserável. A maioria dos indivíduos só vai perceber isso na prática, quando o tempo ideal para o aprendizado já foi perdido. Alguns conseguem recuperar, a maioria, não.

A estrutura educacional, por seu turno, em vez de se ater às funções de transferência de conhecimento e cidadania, têm sido irresponsavelmente utilizadas para a difusão de ideologia política e de gênero. Professores insuflados para o grevismo e doutrinados ideologicamente conduzem os alunos ao atual estado de coisas. E a política educacional, irresponsavelmente voltada para a produção de numero e não de qualidade, permite que se formem alunos que não saberão o que fazer do diploma. É um circulo vicioso que se processou nas ultimas gerações e transforma o outrora respeitável ambiente escolar em território hostil, onde o aprendizado é deficiente e a segurança é cada dia mais precária.

Resgatar a juventude é necessidade extrema para o futuro do país. Da mesma forma que nas últimas décadas se proliferou equivocadamente a política e a ideologia como salvadores únicos da pátria, é preciso encontrar formas de convencer o jovem de que, sem se educar, não chegará a lugar algum e terá uma vida difícil. Quanto aos professores, é necessário cuidar de seus salários e carreiras, mas lembrá-los da tarefa de ensinar suas matérias e deixar o proselitismo político para os partidos. A escola existe para transmitir conhecimentos. Militância se deve fazer em outros lugares...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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