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Opinião
26/09/2018 - 06h58
Porque os militares são candidatos
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Com mais da metade da campanha eleitoral já realizada, o eleitor brasileiro se depara com 535 candidatos - a presidente, governador, vice, senador e deputado - cujos nomes vêm precedidos de uma patente militar. Vão de soldado a general e são oriundos das Forças Armadas e das Polícias e Bombeiros Militares das 27 unidades da federação. Esse contingente é 12 vezes maior que em 1994 (quando havia apenas 43 militares candidatos), e 39% superior ao das eleições de 2014. Só em São Paulo, existem três militares candidatas a vice-governador, um candidato a senador e mais de cem a deputado federal e estadual.

A presença de militares na política é uma tradição brasileira, que vem desde a proclamação da República, ora com mais, ora com menos influência. A atual elevação das candidaturas militares pode ser atribuído a diferentes causas. Mas, principalmente ao processo de desobediência civil e enfraquecimento da autoridade e da instituição policial ocorrido no bojo do regime democrático através da complacência ou omissão de governantes fracos ou até mal intencionados.

Ao longo dos anos, os profissionais de polícia assistiram, descontentes e sem nada poder fazer, o enfraquecimento das instituições e do próprio Estado. Isso levou ao atual quadro, onde o crime organizado confronta as polícias e grupos se rebelam contra a simples prisão de criminosos, e quem sofre é o cidadão, privado de segurança. Vemos até propostas estapafúrdias tramitando pelo Legislativo, como o desarmamento da polícia, num tempo em que os criminosos empunham armas de guerra e, através da força, escravizam e amedrontam a população. Presentes no parlamento e em postos eletivos do Executivo, os cidadãos originários do meio militar e policial terão a oportunidade de fazer contraponto ao delírio legiferante dos falsos humanistas, irresponsáveis ou comprometidos com o crime, que tudo fazem para enfraquecer o controle estatal. Que querem desarmar a polícia para reduzir a letalidade no “trabalho” dos criminosos.

Em vez de criar artifícios para a impunidade, como tem ocorrido nas últimas décadas, temos, entre outras providências, a necessidade urgente de reassumir o controle do sistema carcerário e equipá-lo para cumprir a função recuperadora do apenado e não como escritórios do crime. No lugar do senso geral de impunidade, temos de recompor e transmitir à população a certeza de que quem transgredir a lei será identificado e justamente punido. De que o crime não compensa...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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